Portugal acede a pedido de Abramovich e autoriza venda do Chelsea

Em comunicado, o Governo português revela que as duas autoridades nacionais competentes, o Ministério dos Negócios Estrangeiros e o Ministério das Finanças, deram "luz verde" ao pedido de Roman Abramovich - que tem nacionalidade portuguesa - para uma derrogação humanitária, permitindo assim que o clube seja vendido. As receitas serão utilizadas para fins humanitários. Abramovich é alvo de sanções da UE decretadas na sequência da guerra na Ucrânia.

RTP /

“A autorização portuguesa decorre da garantia dada pelas autoridades britânicas de que as receitas da venda serão utilizadas para fins humanitários, não beneficiando direta ou indiretamente o proprietário do clube, que consta da lista de sanções da União Europeia”, refere o comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros enviado às redações.

“A posição nacional conta com a concordância da Comissão Europeia”, conclui a nota.

Portugal recebeu na noite de terça-feira uma carta do russo Roman Abramovich - que tem passaporte português-, pedindo autorização para a venda do clube de futebol inglês Chelsea.

Abramovich é alvo de sanções ligadas à invasão da Ucrânia pela Rússia.

A venda do Chelsea, ainda detido por Abramovich, a um consórcio liderado pelo bilionário norte-americano Todd Boehly, foi comunicada no dia 7 de maio.

O clube britânico, terceiro colocado na última edição da Premier League, atua com algumas limitações precisamente por causa das sanções. O Chelsea está a operar com uma autorização especial que expira em 31 de maio e que lhe permite realizar determinadas operações, como receber dinheiro por direitos televisivos e vender ingressos para determinadas partidas.

Os londrinos tinham anunciado a 7 de maio que o grupo liderado por Boehly iria adquirir o Chelsea por 4,25 mil milhões de libras (4,9 mil milhões de euros). A aquisição foi aprovada pela Liga inglesa de futebol na terça-feira.

c/Lusa
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