São Tomé e Príncipe enaltece promessa do Brasil em apoiar agropecuário africano 

O ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas de São Tomé e Príncipe enalteceu o compromisso assumido pelo presidente do Brasil em apoiar o crescimento agropecuário através da transferência de conhecimento e tecnologia.

Lusa /
Políticos são-tomenses agradecem o apoio do Brasil no setor agrícola Andre Borges - EPA

"Nós tivemos a oportunidade aqui, logo no primeiro dia, de ser recebido pelo presidente (Luiz Inácio) Lula da Silva, em que ele enfatizou muito a questão que tem uma dívida histórica com o continente africano, uma vez que, segundo ele, há mais de três séculos, muitos africanos vieram ao Brasil, e grande parte daquilo que o Brasil é hoje deve muito ao povo africano",  disse Nilton Garrido de Sousa Pontes. 

O ministro são-tomense sublinhou ainda a posição de Lula da Silva ao assumir que quer apoiar "em termos de transferência de conhecimento, de tecnologia".

À margem do II Diálogo Brasil-África sobre Segurança Alimentar, Combate à Fome e Desenvolvimento Rural, em Brasília, no qual participaram a convite do Brasil delegações de 42 países africanos, Garrido agradeceu ainda o facto de "Lula voltar de novo a colocar a questão da fome no mapa mundial". 

"Vimos que o Brasil há 50 anos era um importador de alimentos, portanto, os solos aqui no Brasil eram tidos como solos altamente pobres e improdutivos. E com a criação da empresa pública, que é a Embrapa, que é uma empresa de pesquisa e desenvolvimento agropecuário brasileiro, o Brasil conseguiu dar (um) salto tecnológico", disse o ministro, referindo-se ao facto do Brasil ser neste momento um dos principais exportadores de alimentos no mundo. 

No caso de São Tomé e Príncipe, disse, o Brasil "pode ajudar com tecnologia, na capacitação de recursos humanos e na formação". 

O II Diálogo Brasil-África arrancou na segunda-feira e decorreu até quinta-feira, reunindo ministros da Agricultura africanos, representantes de organizações internacionais, bancos de desenvolvimento, instituições de pesquisa, organizações e cooperativas da agricultura familiar, bem como entidades do setor privado.

A tónica esteve centrada na promoção de experiências e tecnologias para fortalecer a produção alimentar local, valorizando a agricultura familiar, a sustentabilidade e as políticas públicas.

 

 

Tópicos
PUB