O Departamento de Justiça americano deu início a uma investigação à empresa de carros elétricos Tesla. Esta decisão teve como base uma declaração pública no Twitter do seu presidente executivo Elon Musk a 7 de agosto, quando o próprio afirmou que tinha “um fundo garantido” para a privatização da empresa.
O contraste destas declarações foi o que bastou para os procuradores abrirem uma investigação mais aprofundada à empresa. A Comissão de Segurança e Câmbio emitiu uma intimação no âmbito do direito à informação, que visa a procura de irregularidades neste caso e noutras suspeitas de fraude e crimes financeiros cometidos pela empresa.
Para conseguirem comprovar os indícios de fraude, os procuradores têm de, primeiro, conseguir provar que as declarações de Elon Musk eram falsas e, ao mesmo tempo, que foram feitas de forma consciente para enganar os investidores, numa tentativa de fazer subir as ações da empresa ou tentar que não descessem.
Esta não é a primeira vez que Elon Musk e a Tesla entram no radar do Departamento de Justiça americano, o equivalente ao Ministério Público em Portugal. Em maio de 2016, por exemplo, Elon Musk estimava que a Tesla iria produzir cerca de cem mil a duzentas mil carrinhas Model 3, a gama de carros mais barata da Tesla, na segunda metade de 2017. A Tesla acabou por construir menos de três mil, levantando suspeitas quanto à intencionalidade ou não de tamanha discrepância nos números.