O Papa Francisco chegou ao Chile para uma visita oficial de três dias antes de visitar o Perú. A viagem já está marcada por protestos devido a abusos sexuais na igreja e aos direitos dos indígenas.
A visita papal está ofuscada por acusações de abuso sexual infantil contra cerca de 80 membros do Clero chileno. Antes da sua chegada, várias igrejas foram atacadas e vandalizadas.
O Papa manifestou o seu pesar e afirmou que sente "vergonha perante o dano irreparável causado a crianças por parte do ministro da igreja".
Nesta terça-feira terá lugar uma missa papal ao ar livre na capital chilena, quando a popularidade da Igreja Católica Romana e do Papa atingiu os valores mais baixos de sempre.
Segundo um estudo, os chilenos atribuíram a Francisco a pontuação de 5,3, numa escala de 0 a 10, enquanto a confiança na Igreja ficou apenas nos 36%, a mais baixa da América Latina.
Encontros com indígenas
Na quarta-feira, o Papa vai reunir-se na cidade de Temuco com representantes da etnia Mapuche, que estão em pé de guerra contra o Chile e a Argentina para reivindicar a soberania de terras que lhes foram retiradas no século XIX.
Também no Perú, onde o sumo pontífice chega na quinta-feira, vai encontrar-se com povos indígenas, entre eles os Nacion Q´ero, considerados descendentes dos Incas.
Nenhuma destas comunidades indígenas é católica. A maior parte da população indígena da América do Sul foi dizimada com a chegada dos espanhóis e portugueses com o beneplácito da Igreja Católica.