Pela delapidação acelerada do prestígio da presidência; pela degradação total da liturgia política presidencial; pelas trumpalhadas constantes; pela indefinição estratégica da América no exterior; pela permanência numa zona obscura de conflitos de interesses; pelas oportunidades que concede à China; pelo alerta que envia às democracias ocidentais; pela falta de vergonha em inúmeras tiradas políticas; por fazer crer que já passaram quatro anos de mandato e ainda só estarmos nos primeiros onze meses; pelo corte que pode representar na América do pós-Guerra.
Acontecimento do ano: Eleição de Macron
Por ter sido protagonizada por um político de 39 anos; pela agenda corajosa que trouxe ao debate; por se ter imposto nos debates contra Marine Le Pen desmontado a sua agenda; por ter vencido a batalha de uma geração entre os méritos e valores da sociedade aberta e o negativismo galopante do nacionalismo xenófobo; pelo oxigénio que trouxe ao perigoso e incerto ano europeu; pelo discurso aspiracional numa Europa envelhecida.
