Em outubro último, Pequim foi palco do 19º Congresso do Partido Comunista Chinês (PCC). As decisões da reunião quinquenal marcam uma nova etapa na história do país a que o mundo não fica indiferente.
Revelando certa perda de memória, os 2300 delegados “entronizaram” o Presidente chinês e inscreveram os seus pensamentos e discursos na constituição do país – algo que só feito com Mao Tse-Tung e Deng Xiaoping (este a título póstumo) -, avalizando o regresso do poder único com as consequências inerentes.
Acontecimento do ano: Congresso do Partido Comunista Chinês
Xi Jinping é hoje, aos 64 anos, o líder mais ambicioso e poderoso do mundo. No discurso de três horas ao Congresso do PCC, Xi explanou o seu “Sonho Chinês” – fazer do país a maior potência mundial, a todos os níveis. Filho de um amigo de Mao, Xi viveu anos difíceis quando o pai foi vítima das purgas do líder histórico.
Eleito em 2013 presidente da China, Xi reforça o seu poder pessoal. Na luta contra a corrupção afasta críticos e opositores e as liberdades são cortadas no país que quer “jovem, dinâmico”.