A oposição política da Guatemala responsabiliza a agência de emergência do país, na sequência da tragédia de domingo. Segundo a oposição, a Conred não prestou atenção aos alertas sobre a erupção do vulcão de Fogo.
Desde o passado domingo, dia da erupção do vulcão de Fogo, morreram 99 pessoas. Outras 200 estão desaparecidas.
As erupções subsequentes e as altas temperaturas dos destroços das rochas e lama têm dificultado o trabalho das equipas de resgate.
Na terça-feira, o medo e o pânico instalaram-se novamente no país. Depois do aumento da atividade vulcânica, as operações de resgate foram suspensas. Equipas de resgate, polícias e soldados foram forçados a deixar a área e só foram autorizados a retomar quarta-feira de manhã. Durante a quarta-feira, o vulcão continuou a produzir explosões de baixa intensidade.
"A atividade continua e a possibilidade de novas descidas de fluxos piroclásticos [compostos de cinzas, lama, água e rochas a altas temperaturas] nas próximas horas ou dias não é excluída. Portanto, recomenda-se não ficar perto da área afetada", alertou o Instituto Nacional de Sismologia, Vulcanologia, Meteorologia e Hidrologia da Guatemala (Insivumeh).
As autoridades adiantam que as buscas ainda se estenderão por alguns dias. Porém, o Insivumeh alerta para os riscos de deslizamentos de lama vulcânica devido à chuva intensa.
A grande erupção de domingo enviou uma nuvem de material vulcânico até dez quilómetros de altura e lançou rios de lava na direção das cidades próximas. Várias regiões ficaram cobertas de cinzas vulcânicas e lama. Mais de 1,7 milhão de pessoas foram afetadas e mais de três mil pessoas foram deslocadas.