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Apps de transferências. GNR regista mais de 2.800 casos de burla informática até outubro
A GNR sinalizou, até 31 de outubro, 2.856 casos de burla informática com recurso a aplicações para transferência de dinheiro.
Os dados foram divulgados esta sexta-feira em nota da Guarda Nacional Republicana sobre a operação "Comércio Seguro 2025", em curso até 31 de dezembro.
Em comunicado, a GNR lembra que, em 2024, foram identificadas 3.392 ocorrências de burla informática através da utilização de aplicações para transferência imediata de dinheiro, ao passo que em 2025, até 31 de outubro, registaram-se 2.856 casos.
Já as burlas informáticas por obtenção ilegítima de dados do utilizador totalizaram 2.651 ocorrências em 2024, verificando-se 1.926 registos até 31 de outubro de 2025.
No âmbito da operação, a Guarda Nacional Republicana (GNR) reforçou o patrulhamento policial nas zonas de comércio e está a realizar ações de sensibilização junto de comerciantes e clientes com o objetivo de relembrar os procedimentos de autoproteção em situações de furto, roubo, ameaça grave ou vandalismo."Deste modo, a partir da Black Friday e até ao final
das festividades do Natal, a GNR reforça o contacto de proximidade com
os comerciantes e os clientes, através do patrulhamento apeado realizado
nos espaços comerciais de modo a potenciar a segurança efetiva e
fomentar a perceção do sentimento de segurança", refere a nota.
A GNR indica que nesta edição da Operação Comércio Seguro 2025, conta novamente com a parceria da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), e será distribuído um bloco de apontamentos com alguns conselhos aos comerciantes e clientes, alertando-os sobre os procedimentos de segurança a adotar.
A Guarda alerta ainda para os riscos crescentes de burlas e fraudes associados à Black Friday.
"Durante este período, é comum que surjam tentativas de engano por parte de burlões, que se aproveitam da maior procura por ofertas e descontos para enganar os consumidores", é referido na nota.
Por isso, a GNR reforça a importância da prudência e da vigilância, alertando para as práticas fraudulentas mais comuns, como sites falsos, ofertas demasiado vantajosas e o uso indevido de dados pessoais ou bancários.
A GNR aconselha os comerciantes para que tenham as entradas e saídas do estabelecimento bem iluminadas, verifiquem se as portas e janelas estão devidamente fechadas quando fecharem a loja, não tenham grandes quantidades de dinheiro, não tenha uma rotina para a realização dos depósitos bancários e tenham sempre disponível o contacto telefónico da guarda.
A GNR aconselha também os clientes e consumidores a desconfiar das promoções "demasiado boas para ser verdade", a comprar apenas em sites oficiais e com ligação segura (https://__), a não fornecer dados pessoais ou bancários a entidades que não confirmem a sua legitimidade e guardar comprovativos de compra.
Recomenda igualmente as pessoas a manter a carteira e os bens pessoais sob vigilância em locais movimentados e evitar transportar grandes quantias de dinheiro durante as compras.
c/ Lusa