DGS recomenda doses de reforço com vacinas de Pfizer e Moderna

por Carlos Santos Neves - RTP
A dose de reforço é recomendada a residentes e utentes de lares, instituições similares e da rede de cuidados continuados integrados, pessoas com 80 ou mais anos de idade e 65 ou mais anos Reuters

As doses de reforço contra a Covid-19 devem ser administradas com vacinas da Moderna e da Pfizer pelo menos seis meses depois do esquema vacinal, recomenda a Direção-Geral da Saúde. Esta recomendação não é aplicável às pessoas que recuperaram da infeção pelo SARS-CoV-2.

A norma atualizada pela Direção-Geral da Saúde explica que a recomendação para as doses de reforço se aplica independentemente da vacina que foi aplicada no primeiro esquema. Exclui, no entanto, quem recuperou da infeção pelo novo coronavírus.A DGS recorda que, “se o esquema vacinal primário tiver sido realizado com uma vacina de mRNA, a dose de reforço deverá ser da mesma marca”.


A dose de reforço, afirma a estrutura encabeçada por Graça Freitas, é recomendada a residentes e utentes de lares, instituições similares e da rede de cuidados continuados integrados, pessoas com 80 ou mais anos de idade e 65 ou mais anos.

Na quarta-feira, porém, o secretário de Estado adjunto e da Saúde, Lacerda Sales, adiantou que terá “muito em breve” início o reforço de vacinação de profissionais de saúde e do sector social.

“Porque nunca perdemos de vista aqueles que têm de cuidar de nós, vamos muito em breve começar com a terceira dose de reforço para profissionais de saúde, algo que já estava programado e aprovado pela Comissão Técnica de Vacinação”, dizia ontem o governante, ao intervir na sessão pública de apresentação de resultados de um inquérito à população sobre a saúde em Portugal, que teve lugar na Ordem dos Médicos, em Lisboa.
Ainda segundo o secretário de Estado, a medida “não tinha sido publicitada" uma vez que, do ponto de vista operacional e logístico, “é sempre um processo complexo”, para afiançar que, até final da semana, seria divulgada uma orientação.
“Valores de universalidade”
A Direção-Geral da Saúde enfatiza que o plano de vacinação contra a Covid-19 “assenta em valores de universalidade, gratuitidade, aceitabilidade e exequibilidade”, tendo por objetivo salvar vidas, através da redução da mortalidade, dos internamentos e dos surtos, sobretudo nas populações mais vulneráveis, a par de preservar a resistência dos sistemas de saúde, de resposta à pandemia e do Estado e de atenuar os respetivos impactos económico e social.Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.180 pessoas e registaram-se 1.092.666 casos de infeção pelo vírus que provoca a Covid-19.


Outras duas normas referentes às vacinas da Moderna e da Pfizer foram atualizadas: para a da Moderna – Spikevax - , a DGS aponta os 12 anos como idade mínima, com intervalo recomendado de 28 dias; a da Pfizer – Comirnaty - foi aprovada na União Europeia em pessoas com idade igual ou superior a 12 anos e o intervalo entre as duas doses primárias é de 21 a 28 dias.
A posição da Liga dos Bombeiros

Também na quarta-feira, a Liga dos Bombeiros veio reivindicar, em comunicado, o reforço da vacinação para os bombeiros com a terceira dose: “A Liga dos Bombeiros Portugueses defende o reforço das vacinas contra a Covid-19 inoculadas nos bombeiros com uma nova dose que permita salvaguardar a saúde e a garantia de níveis apreciáveis de imunidade".

A instituição assinalou que o reforço vacinal para os bombeiros decorre da proposta por parte da Ordem dos Médicos que exortou o Governo a administrar a terceira dose da vacina aos profissionais de saúde.

A Liga defendeu, por último, que o reforço da vacina contra a Covid-19 vai garantir que os bombeiros possam “prosseguir a sua atividade solidária e competente com as necessárias condições de saúde e bem-estar”.

c/ Lusa
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