Empresários dos vinhos de Tondela detidos para cumprir sentença de 2009

por Lusa

A GNR deteve hoje três empresários do setor dos vinhos do concelho de Tondela, para dar cumprimento a uma sentença de 2009, que os condenou a prisão efetiva por fraude na obtenção de subsídios comunitários.

De acordo com uma fonte da GNR, a detenção ocorreu ao início da manhã de hoje na Lajeosa do Dão, vila do concelho de Tondela onde os três homens têm residência.

"Os três homens - de 70, 74 e 83 anos - foram conduzidos ao Estabelecimento Prisional de Viseu, dando-se cumprimento aos mandados de detenção que pendiam sobre eles", informou.

Em 2009, o empresário do setor dos vinhos Alfredo Cruz, da Lajeosa do Dão (Tondela) foi condenado a cinco anos de prisão efetiva, pela prática, sob a forma consumada, de um crime de fraude na obtenção de subsídio.

Pelo mesmo crime, foram também condenados, a quatro anos de prisão efetiva, os seus dois irmãos, José e António Cruz.

Na altura, a firma Cruz e Companhia - presidida por Alfredo Cruz e uma das maiores exportadoras de vinho a granel de Portugal - foi condenada a 240 dias de multa à taxa diária de mil euros.

Foi ainda condenada a Vinibeira, que trata dos vinhos engarrafados e onde intervinham também Alfredo Cruz e os seus dois irmãos e sócios na altura, a 90 dias de multa à taxa diária de 400 euros.

Em causa estiveram subsídios atribuídos pelo ex-Instituto do Financiamento e Apoio ao Desenvolvimento da Agricultura e das Pescas (IFADAP) e pelo Instituto Nacional de Intervenção e Garantia Agrícola (INGA), hoje Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP), entre 1995 e 1999.

A empresa de Alfredo Cruz, conhecido por "Samarreiro", foi alvo de várias apreensões de vinho.

Em julho de 2008, durante uma operação que decorreu em cinco distritos do país, a Brigada Fiscal da GNR apreendeu cerca de meio milhão de litros de vinho e foram constituídos cinco arguidos, um deles Alfredo Cruz, indiciados pela prática de crimes como associação criminosa, fraude fiscal e introdução fraudulenta ao consumo.

Em 2006, a Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) tinha apreendido 26 milhões de litros de vinho de mesa em depósitos da empresa situados em vários pontos do país, por falta de documentação de suporte legal para esta quantidade.

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