Nelson Cordeiro, do Movimento "Greve Cirúrgica", argumentou que "não há qualquer indicação" de que os enfermeiros dos três centros hospitalares que entram em greve no dia 8 de fevereiro estejam em incumprimento dos serviços mínimos decretados pelo tribunal arbitral. É a reação perante a possibilidade de o Governo avançar com outra requisição civil, alargando o leque de unidades de saúde abrangidas.
Em entrevista ao Bom Dia Portugal da RTP, Nelson Cordeiro não admite essa ideia e adianta que cabe aos sindicatos determinar os enfermeiros que vão realizar as operações prioritárias e, caso isso não aconteça, cabe às administrações hospitalares fazê-lo. "Em última instância, será sempre responsabilidade do Conselho de Administração em convocar os enfermeiros para assumir as salas necessárias para operar esses ditos doentes urgentes", reforça.
O representante do movimento "Greve Cirúrgica" argumenta ainda que há muitas situações que "têm de ser clarificadas", nomeadamente uma alteração ao longo do dia do nível de urgência das cirurgias, o que torna "complicado" os enfermeiros garantirem os serviços mínimos.