Provas digitais no calendário. Computadores avariados em escolas são "grande preocupação"

por RTP
Giovanni Gagliardi via Unsplash

A Confederação das Associações de Pais manifestou-se esta quinta-feira muito preocupada com as avarias dos computadores nas escolas, situação para a qual o Ministério da Educação não encontra solução. Perante este cenário, a Confap afirma que é necessário pensar se faz sentido avançar com as provas digitais.

O Ministério da Educação lançou um concurso para reparar os computadores portáteis que estão avariados nos estabelecimentos de ensino, mas o concurso terminou sem candidatos.

“Neste momento, a situação que temos é diferente e temos de avaliar os próximos passos. Temos de verificar se estão reunidas todas as condições, antes de avançarmos com a realização de exames nacionais em formato digital”, afirmou Mariana Carvalho à Antena 1.
Para a Confederação das Associações de Pais, mesmo que estejam garantidos computadores para todos os alunos no dia da prova, a igualdade não está garantida.

É com grande preocupação que vemos este problema sem solução a curto prazo, até porque sabemos que temos em cima da mesa avaliações em formato digital. Existir o equipamento informático, não é o maior problema. O problema é a utilização até à prova. É importante que os alunos estejam aptos a utilizar o computador”, acrescentou.Concurso terminou sem candidatos
O prazo para os diretores das escolas fazerem o levantamento do material informático termina na sexta-feira. O Governo quer saber quantos alunos estão sem computador e quantos podem ser transferidos para outros estabelecimentos de ensino.

Segundo o Jornal de Notícias, o concurso lançado pelo Ministério tutelado por João Costa para reparação de portáteis ficou sem concorrentes.
Perante a falta de interessados, o Ministério da Educação lançou, entretanto, um novo concurso, numa altura em que as escolas têm cada vez mais computadores avariados.

Os alunos estão a três meses da realização de provas, de forma digital, no computador, e uma solução de improviso pode passar pelo empréstimo de portáteis entre os estabelecimentos de ensino.Os diretores das escolas consideram que a situação piorou em relação ao ano letivo anterior e que é necessário reavaliar as provas digitais.

Os professores de informática têm sido chamados a tentar reparar os computadores portáteis que se encontram avariados nas escolas. No entanto, os docentes contestam este facto. Garantem que não lhes compete garantir a manutenção destes equipamentos.

Posição defendida numa carta enviada ao Ministério da Educação pela associação nacional de professores de informática, que não exclui a possibilidade de apresentar queixa na Procuradoria-Geral da República.
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