Relatório enumera falhas na resposta portuguesa à violência contra mulheres

por Antena 1

Foto: Eloy Alonso - Reuters

Um relatório europeu que avaliou as medidas e a justiça aplicada em Portugal refere que o país até fez "progressos significativos" na luta para travar a violência contra mulheres, mas ainda há muitas falhas nesta área.

Depois da ratificação em 2013 da convenção do Conselho da Europa para a prevenção e o combate à violência contra as mulheres e a violência doméstica, conhecida como a convenção de Istambul, os especialistas sublinham, por exemplo, o baixo número de condenações no país.

A avaliação é da responsabilidade do Grupo de Peritos para o Combate à Violência contra as Mulheres e a Violência Doméstica (GREVIO, na sigla em inglês), órgão especializado e independente previsto na convenção que tem a missão de monitorizar a aplicação do texto por parte dos Estados signatários.

"O GREVIO reconhece o compromisso significativo das autoridades portuguesas e os progressos alcançados", indica o relatório assinado pelo grupo de peritos, que aponta, no entanto, um conjunto de deficiências e recomenda ao longo de cerca de 80 páginas medidas para melhorar a proteção das vítimas, os procedimentos judiciais contra os agressores e a área da prevenção.

Os últimos dados conhecidos, relativos a 2018 e apresentados em meados de novembro passado pelo Observatório de Mulheres Assassinadas, davam conta de 24 mulheres assassinadas por familiares ou companheiros em Portugal, mais seis do que em 2017.

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