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Vagas no ensino superior “encolhem” em Lisboa e Porto

por Antena 1

No próximo ano letivo, Lisboa e Porto podem sofrer cortes maiores nas vagas do concurso de acesso ao ensino superior.

A medida introduzida este ano tem gerado alguma contestação. O Governo decidiu nomear um grupo de trabalho para avaliar as alterações adotadas este ano e para propor eventuais mudanças.

O ministro Manuel Heitor admite que dependendo desta análise, os cortes podem ser mais acentuados no próximo ano.

O ministro do Ensino Superior entrevistado pela jornalista Marta Pacheco.

Os resultados da terceira fase do concurso de acesso ao ensino superior foram divulgados esta noite.

Foram colocados 777 novos estudantes. No total das três fases foram admitidos 45.313 estudantes, preenchendo 89 por cento das vagas iniciais colocadas a concurso. Sobraram 3.468 vagas, o que significa que dez por cento das vagas ficaram por ocupar.

Comparando com o ano anterior, entraram menos 1.231 alunos, mas também houve menos cerca de três mil estudantes do 12.º ano que se inscreveram nos exames nacionais.

A contrariar a diminuição de alunos, surgem dez instituições de ensino superior que registaram um aumento de estudantes em comparação com o ano passado: seis universidades, três institutos politécnicos e uma escola superior.

As instituições que viram aumentar o número de alunos foram: Universidade do Minho (mais 92 alunos); Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (mais 67); U. da Madeira (mais 45); U. do Algarve (38); Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (34); Universidade de Évora (28), U. Coimbra (17), Instituto Politécnico de Coimbra (12); Escola Superior Náutica Infante D. Henrique (9) e Instituto Politécnico de Tomar (4).

O MCTES explica que este é o resultado das medidas de afetação de vagas determinadas este ano, que cortou cerca de 1.100 vagas nas instituições de Lisboa e do Porto.

A Universidade de Lisboa teve uma diminuição de 318 alunos, a Universidade do Porto outros 227 estudantes e a Universidade Nova de Lisboa tem este ano menos 149 colocados.

Com uma redução superior a 100 estudantes surgem ainda os Institutos Politécnicos de Lisboa, Porto e Guarda.

As instituições de ensino superior fora de Lisboa e do Porto passam agora a representar cerca de 54% do total de colocados, o que significa um aumento de um ponto percentual em relação ao ano passado.

Considerando todas as vias de ingresso, o MCTES estima que este ano ingressem no ensino superior cerca de 73 mil novos estudantes.

Além dos cerca de 45 mil inscritos através do concurso nacional de acesso, existem outros 600 na sequência de concursos locais de acesso,

Há ainda cerca de 7.700 inscritos através do ingresso em formações curtas de ensino superior (cursos técnicos superiores profissionais), cerca de 6.600 inscritos através de reingresso ou mudança de instituição ou curso e ainda cerca de 5.500 inscritos através do concurso especial de ingresso para estudantes internacionais.

Através do concurso para estudantes maiores de 23 anos entram mais 2.900 alunos assim como cerca de cinco mil inscritos na sequência de outros concursos especiais (titulares de diplomas pós-secundários ou superiores) e regimes especiais (em especial, bolseiros dos países africanos de língua portuguesa, naturais e filhos de naturais de Timor-Leste).

c/Lusa
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