Depois das declarações do empresário no Parlamento, PSD e CDS pediram que Berardo perca as condecorações e Marcelo Rebelo de Sousa concordou que o assunto deve ser analisado.
Retirar ou não as condecorações a Joe Berardo - está tudo nas mãos do Conselho das Ordens.
Diz a lei que só devem ser retiradas a quem for condenado a três ou mais anos de prisão efetiva, como aconteceu a Carlos Cruz ou Armando Vara. Mas é de lei também que os titulares das ordens honorificas podem perder os títulos se não cumprirem com os deveres.
Os membros são obrigados a defender e prestigiar Portugal em todas as circunstâncias com virtude e honra. Se assim não for, deve ser instaurado um processo disciplinar.
A contestação levantou-se em público, porque Berardo ainda não pagou à Caixa o empréstimo de 350 milhões de euros.
Comentadores políticos criticaram e os partidos começaram a reagir. O CDS já escreveu ao Presidente da Assembleia da República a lamentar o que chama de "arrogância jocosa". A bancada centrista quer Berardo sem as condecorações e o PSD assina por baixo.
Esta sexta-feira, há reunião extraordinária. A polémica vai ser discutida pelo Conselho das Ordens.
Joe Berardo foi condecorado duas vezes com a Ordem do Infante, a primeira em 1985 com o grau de Comendador; e a segunda, em 2004, com a Grã-Cruz.