Deficientes das Forças Armadas queixam-se de serem esquecidos pelos dois maiores partidos

por RTP
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Cerca de 270 Deficientes das Forças Armadas que em 2016 deviam ter sido promovidos ao posto em que se encontram graduados, tal como sucedeu com quatro dezenas de camaradas seus, ficaram de fora dessa leva de promoções, provavelmente por lapso administrativo. Queixam-se agora da resistência do Governo e dos dois principais partidos parlamentares a corrigir esse lapso.

Um grupo de cidadãos conhecedores da frustração destes Deficientes das Forças Armadas (DFA) procurou entretanto tomar uma iniciativa que desbloqueasse a situação e pôs a circular uma petição pública a que a RTP teve acesso, e que segundo declarou ao online da RTP um dos seus promotores, capitão de mar-e-guerra Luís Costa Correia, tem registado uma adesão assinalável.

Na petição, ainda segundo Costa Correia, "transparece o natural desânimo sentido pela atitude de quem - deputados primeiro, e governantes depois - tem obstruído uma rápida e simples aplicação de justiça relativa à correcção de uma vincada desigualdade de tratamento entre dois conjuntos de Deficientes das Forças Armadas".

A isto acresce que os encargos financeiros mensais daquelas promoções importariam nuns 170 mil euros - "num orçamento em que a unidade de conta parece ser o milhão", sublinha ainda aquele oficial. A proposta nesse sentido, embora fosse análoga à que constava no orçamento de 2016, viu-se, mesmo assim, rejeitada pelos dois maiores grupos parlamentares.

Depois de dissolvida a Assembleia da República, nada impedia o Governo de ter resolvido o problema. E este, mesmo exibindo a novidade de incluir uma Secretaria de Estado dos Antigos Combatentes, recusou sugestão que lhe foi feita de aprovar um simples decreto que encerraria este assunto em tempo útil para os DFA, hoje na sua maioria octogenários.

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