Fernando Nobre falha eleição à primeira volta

por RTP
Está em curso uma segunda volta, cujos resultados serão conhecidos ainda esta tarde Miguel A.Lopes, Lusa

Fernando Nobre não conseguiu ser eleito presidente da Assembleia da República na primeira volta da votação parlamentar. O candidato independente proposto pelo PSD obteve apenas 106 votos dos 116 votos que eram necessários. Cento e um deputados votaram em branco e houve 21 votos nulos. A eleição decorreu por voto secreto na parte da tarde da primeira sessão plenária da XII legislatura.

A direção dos social-democratas tinha apostado forte no nome de Fernando Nobre, apesar das reservas manifestadas por várias figuras sonantes do partido.

O presidente dos social-democratas, Pedro Passos Coelho, tinha pedido hoje aos deputados do seu partido para que se “empenhassem fortemente“ na eleição do presidente da Assembleia da República, enquanto que Fernando Nobre afirmou esperar que lhe fosse dado “o benefício da dúvida”.

Por seu lado, o ex-líder parlamentar do PSD, Miguel Macedo, que amanhã vai tomar posse como ministro da Administração Interna, considerou que “os portugueses perceberiam mal” se o Parlamento não resolvesse de imediato a situação da eleição do presidente da AR.

“As tarefas que temos pela frente devem-nos concentrar naquilo que é essencial, que são os problemas do país, portanto quanto mais rapidamente arrumarmos a casa para podermos efetivamente começar a trabalhar melhor. “

Com 108 deputados-sociais democratas no parlamento, os 116 votos necessários para eleger Fernando Nobre estavam longe de assegurados à partida. O candidato proposto pelo PSD não reunia apoios declarados nos outros partidos, incluindo no CDS-PP, o seu parceiro de coligação.

Hoje mesmo o CDS tinha anunciado que “votaria em branco”, por considerar que Nobre “ não reunia as condições “ para segunda figura do Estado.

A orientação dada pela Secretariado Nacional do PS aos deputados socialistas tinha sido a de votarem contra o candidato do PSD. A porta-voz da primeira reunião da bancada socialista nesta legislatura, a ex-ministra da Saúde, Maria de Belém, afirmou aos jornalistas que havia “um sentimento geral de rejeição do nome de Fernando Nobre junto dos deputados do maior partido da oposição.

(Artigo em atualização)
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