"Quando é que a História não foi feita de correr riscos?" Sebastião Bugalho responde a críticos

por RTP

Foto: Lusa

O cabeça de lista da Aliança Democrática às eleições europeias fez este domingo a sua primeira intervenção pública. "Estou aqui porque acredito na Europa", disse Bugalho, acrescentando que Portugal não seria o mesmo sem a pertença europeia e o sonho europeu que alimentou jovens como Cavaco Silva ou Durão Barroso. Assumiu que o seu nome é um "risco", e comparou-se ao primeiro-ministro francês de 34 anos para responder a quem considera que ele é muito jovem. "Sou só candidato a deputado europeu", gracejou.

"Montenegro correu risco quando me convidou? É verdade. E eu corri risco ao dizer que sim? Também é verdade", argumentou, para questionar de seguida: "Quando é que a História não foi feita de correr riscos?", argumentando a necessidade de ousadia ou coragem para fazer o mundo avançar.

"O primeiro-ministro francês tem 34 anos eu sou só candidato ao Parlamento Europeu. E, que eu tenha dado conta, o dr. Luís Montenegro não pensa pôr os papéis para a reforma, pelo contrário, está a começar o percurso como primeiro-ministro", disse, com risos e palmas da assistência.

"Estou aqui porque acredito na Europa". "Lutem comigo" foi o repto que em seguida lançou aos presentes na Universidade Europa.

"A Europa não é um interesse de carreira", assegura e deixando críticas a quem olha a Europa como uma caixa multibanco, que critica mas depois se candidatam ao Eurogrupo. Vê a Europa como um sonho e um compromisso.

Defendeu que a Europa não pode estar fragmentada, avivou o compromisso de apoio à Ucrânia e considerou que a Europa precisa ganhar escala enquanto continente e que o futuro europeu se joga todos os dias entre ameaças de segurança.

Defendeu uma política integrada de Defesa, a inovação, a transição climática ou a transição digital como exemplos de desafios comuns.

"Queremos fazer do futuro da Europa uma história que valha a pena contar aos nossos filhos", frisou.

Nesta legislatura, colocou o foco no quadro financeiro pluarianual, o último antes do alargamento.
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