Raimundo defende que CDU é a alternativa em Sintra perante "trio da vida airada"
O secretário-geral do PCP defendeu hoje que a CDU representa a alternativa perante um "trio da vida airada" em Sintra, considerando que o concelho precisa de "gente séria" e não de "charlatões", nem de "propaganda e ilusões".
Paulo Raimundo terminou hoje o terceiro dia oficial de campanha autárquica com um jantar comício no Salão de Bombeiros Voluntários de Queluz, no concelho de Sintra, onde PS e Livre se coligaram para apoiar Ana Mendes Godinho, PSD, IL e PAN o candidato Marco Almeida e o Chega Rita Matias.
Sem nunca se referir diretamente a qualquer uma destas candidaturas, Paulo Raimundo considerou que o atual contexto autárquico de Sintra é "de grande exigência, de grande dificuldade, de muita chantagem".
"Diria que a chantagem é tanta que querem empurrar o povo e os trabalhadores de Sintra para um beco sem saída, para um trio da vida airada, para esse suposto confronto onde todos eles se alimentam uns aos outros", referiu.
Dirigindo-se às mais de duas centenas de apoiantes da CDU que o ouviam, Paulo Raimundo garantiu que a coligação tenciona "contrariar esse caminho, essa chantagem e essa pressão".
"Somos a alternativa aqui em Sintra. Somos a alternativa ao serviço dos trabalhadores. Somos a alternativa ao serviço das populações. Somos a alternativa que faz falta", defendeu, recebendo um forte aplauso.
O secretário-geral do PCP defendeu que o povo de Sintra não quer "um concelho a três velocidades: há a alta velocidade para uma imensa minoria, uma velocidade a andar devagar para aqueles que são remediados e uma velocidade para a grande, imensa maioria" do povo.
"Sintra não precisa de mais propaganda e de mais ilusão, muito menos precisa da mentira, da demagogia barata, muito menos precisa do ódio. Para as dificuldades, já bastam aquelas vividas pela imensa maioria deste povo", defendeu.
Depois, numa crítica a promessas que considerou serem inadequadas ao concelho, Paulo Raimundo frisou que, "em Sintra, não neva e terra onde não neva, não precisa de limpa neves".
"Vão limpar as neves que entenderem lá para as terras do frio. O que Sintra precisa é de mais habitação pública, de mais desporto, mais cultura, mais ambiente, mais creches, de apoio ao associativismo, de lares, mais integração", defendeu.
Numa aparente alusão à deputada do Chega Rita Matias, candidata do partido em Sintra, Paulo Raimundo defendeu que Sintra precisa "de mais gente séria, honesta, disponível para servir o povo, e não de charlatões".
"Não precisa daqueles que vêm cá vender a banha da cobra, que, em nome do povo, aquilo que querem é abrir espaço para as suas negociatas", criticou.
O candidato da CDU à Câmara Municipal de Sintra é o atual vereador Pedro Ventura. Concorrem também à Câmara de Sintra em 12 de outubro Ana Mendes Godinho (PS/Livre), Marco Almeida (PSD/IL/PAN), Maurício Rodrigues (CDS-PP/PPM/ADN), Rita Matias (Chega), Tânia Russo (BE) e Júlio Gourgel Ferreira (ND).
Atualmente, o executivo de Sintra, presidido por Basílio Horta, que cumpriu três mandatos e não se pode recandidatar, tem cinco eleitos do PS, três do PSD, um do CDS-PP, um da CDU e um independente (ex-Chega).