Rangel acusa "Governo grisalho" de Costa de "esquecer completamente os jovens"

por Lusa

O primeiro vice-presidente do PSD, Paulo Rangel, acusou hoje o "Governo grisalho" de António Costa de "esquecer completamente os jovens nas suas políticas", em áreas como educação, habitação e ambiente.

Numa intervenção na Universidade de Verão do PSD, num debate sobre se a idade mínima legal de voto deve baixar dos 18 para os 16 anos, Paulo Rangel defendeu o lado do `sim` e aproveitou para deixar críticas ao executivo.

"Hoje precisamos de jovens a votar porque se há um Governo que se esqueceu os jovens, é o Governo de António Costa (...) Vocês são o lado lunar das políticas de Costa, por isso há tantos jovens a emigrar", afirmou, dizendo que "nunca saiu tanta gente qualificada em Portugal como nos Governos de António Costa".

O dirigente social-democrata desafiou alguém a "dar um exemplo de uma reforma que o Governo António Costa tenha feito a pensar nos jovens", dizendo que o primeiro-ministro está sempre "a pensar como é que vai ter apoio eleitoral".

"As gerações jovens precisam de ter voz contra um Governo que é claramente um governo grisalho. António Costa esquece-se, quando procura agradar apenas às gerações mais velhas, que muitos dos mais velhos são pais e também avós", afirmou.

No caso concreto da educação, Rangel acusou Costa de "nada fazer", a não ser extinguir exames, e questionou "onde está a recuperação de aprendizagens" prometida depois da pandemia de covid-19.

"Na habitação, há uma crise brutal dos quartos: ninguém encontra um quarto por um preço acessível para arrendar em nenhuma cidade do país, em particular nos grandes centros. É um falhanço global", disse.

Também na área do ambiente, o vice do PSD questionou o que o Governo de António Costa fez por este setor que interessa particularmente aos jovens "além de cortar sobreiros".

"O que é que o Governo António Costa fez pelos jovens em Portugal, que medidas, que programas, que reformas trouxeram para os jovens em Portugal? Se alguém for capaz de identificar uma que verdadeiramente mude a vida dos jovens em Portugal, até admito mudar de posição e dizer que podem votar não aos 16 mas aos 17", ironizou.

"É preciso mudar este Governo, mudar estas políticas, para isso é necessário que os jovens estejam empenhados na política", defendeu.

 

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