Silves, onde o voto é volátil

A volatilidade do voto e o policentrismo são duas características do concelho de Silves. O policentrismo advém do facto da sede do município, partilhar a sua importância económica e social com outras freguesias que não pararam de crescer, como Armação de Pêra, Alcantarilha ou São bartolomeu de Messines.

Mário Antunes /

Fotos: Mário Antunes

Nos quase 680 km² de área, que vai da fronteira como Alentejo até ao mar vivem perto de 38 mil habitantes. A população cresceu na última década, contrastando com a tendência nacional. Silves é um dos concelhos algarvios em expansão demográfica.
A nível autárquico, tanto como a Câmara como a Assembleia Municipal têm maioria da CDU. Foram três mandatos consecutivos para a autarca Rosa Palma. Mas nem sempre foi assim, o município já foi anteriormente liderado pelo PSD e pelo PS.

A volatilidade do voto está bem patente no facto de a CDU que tem maioria absoluta e 4 vereadores na autarquia, não ter ido além de cinco por cento nas últimas legislativas, ganhas com larga margem pelo Chega.

Os da terra dizem que em eleições autárquicas vota-se mais na cara das pessoas do que na sigla. Mas o Chega, dizem, tem feito uma grande aposta para, entre outras câmaras do Algarve, conquistar Silves.

Aconteça o que acontecer, o contexto político vai sempre mudar, uma vez que a atual presidente Rosa Palma atingiu o limite de três mandatos consecutivos e não se pode recandidatar. A CDU escolheu a actual vice-presidente para encabeçar a lista, Luísa Conduto. 

Sofia Belchior lidera a lista do PS. João Garcia é a aposta da coligação que junta PSD, CDS e IL. E José Paulo de Sousa é o candidato do Chega. BE, Livre e PAN concorrem em coligação, mas numa lista para a Assembleia Municipal.
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