PRÓS E CONTRAS

A ACTUAL POLÍTICA ECONÓMICA ESTÁ A PROVOCAR UMA CRISE SOCIAL...

Episódio 17 de 0 Duração: 1h30m min

O país atravessa uma fase de convulsão económica e social, tendo o desemprego atingido, este mês, os níveis mais elevados da última década. As notícias de falências e fecho de fábricas sucedem-se quase diariamente e as imagens do desespero de operários e operárias que perderam os seus postos de trabalho são uma constante na televisão e jornais. As filas de espera nos Centros de Empregos aumentam e as manifestações sucedem-se.
Preocupado com a degradação da situação social do país, o Presidente da República recebeu, simbolicamente, três operárias da empresa Bawo e reclamou políticas sociais activas e mais formação de adultos, como forma de responder ao problema.
Também no próximo dia 20, a oposição irá interpelar o Governo no parlamento, sobre efeitos sociais da actual recessão.
Argumentos pelo Sim:
- O governo orienta a sua política por critérios economicistas e trata as pessoas como números.
- As questões sociais estão a ser secundarizadas: o governo não tem políticas para resolver os problemas das pessoas.
- Os sucessivos encerramentos de fábricas mostram que, afinal, a revisão da legislação laboral não vai atrair mais investimento estrangeiro.
- O governo actua ao lado dos ricos e poderosos e desapoia quem mais precisa.
Argumentos Não:
- A crise é fruto da conjuntura internacional. O governo está refém dessa situação.
- O desemprego crescente é resultado das anteriores políticas que nunca investiram na qualificação dos trabalhadores mas sim na mão de obra barata.
- Se as empresas encontram melhores contrapartidas noutros países, o governo nada pode fazer para impedir a sua deslocalização.
- Esta crise é necessária para uma remodelação da mão-de-obra nacional: tem de ser dada prioridade à qualificação e não ao baixo custo.
- Face à absoluta necessidade de cumprir o deficit imposto por Bruxelas, resta muito pouca margem de manobra ao governo.
Convidados a debater o tema:
Bernardino Soares, Luís Nazaré, Elisa Ferreira; Pedro Ferraz da Costa, Jorge Neto, Eduardo Catroga