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EXISTE UMA OBSESSÃO ANTI-AMERICANA ENTRE OS EUROPEUS?

Episódio 18 de 0 Duração: 1h30m min

As gigantescas manifestações do passado dia 15, contra a política de G. Bush e contra a guerra no Iraque, vieram voltam a colocar a questão do anti-americanismo dos europeus. Foram milhões os franceses, ingleses, alemães, espanhóis, portugueses e outros, que desfilaram pelas ruas das várias capitais europeias, demarcando-se da intenção dos Estados Unidos de fazer guerra contra Saddam, e acusando os americanos de imperialismo e de quererem impôr a sua vontade ao mundo.
Ciente da dependência absoluta que a Europa tem do poderio militar americano para se defender, o governo americano mostrou-se decepcionado com a falta de apoio por parte dos europeus mas não deixou de realçar o papel secundário que lhes atribui: fará o que bem entender, quer possa contar com a "velha Europa", quer não.
Marcada pela ambivalência, é como muitos classificam a forma como os europeus olham os EUA. Por uma lado, a admiração pela sua capacidade e poderio tecnológico, científico, cultural e militar que os torna a única potência mundial; mas ao mesmo tempo, algum despeito, ironia e necessidade de afirmação perante aquilo que classificam como novo-riquismo e ignorância de uma nação com apenas dois séculos de existência.
E tudo muito reforçado pelo facto de, tal como sucede desde a segunda grande guerra, os europeus, mais do que nunca, estarem totalmente dependentes dos americanos para se defenderem das ameaças que possam surgir.

Argumentos pelo Sim:
- Os europeus sempre tiveram uma atitude de sobranceria perante os EUA. Em momentos de crise, como agora, tal vem ao de cima.
- Os europeus não perdoam a supremacia cultural, científica, económica, tecnológica e militar dos americanos e não conseguem aceitar o papel secundário que lhes é reservado na cena política mundial.
- A Europa vive mal com a dependência que tem dos Estados Unidos. Desde a segunda grande guerra, que a Europa não tem capacidade militar para se defender sozinha. Esta fraqueza é sublimada em situações de aparente força, como o foram estes protestos anti-americanos.
- Os europeus ressentem-se do domínio da cultura americana, e vivem mal com o facto de terem perdido esse ascendente no mundo.
- A obsessão anti-americana existe; mas os europeus não se deveriam esquecer de que, sempre que precisaram, os EUA estiveram lá e continuam a ser os defensores dos ideais ocidentais de democracia e liberdade.

Argumentos pelo Não:
- Não se trata de uma obsessão anti-americana; trata-se sim de não ser seguidista e pensar pela própria cabeça.
- O facto de ser aliada dos Estados Unidos, não quer dizer que a Europa tenha de concordar sempre com as políticas americanas.
- Não se trata de anti-americanismo; trata-se sim de ser anti-Bush e anti-guerra.
- Porque são o país mais rico e poderoso do mundo, tal não dá direito aos Estados Unidos de mandar nas outras nações.
-O poderio dos Estados Unidos baseia-se na filosofia capitalista liberal; eles exploram o mundo e agem a seu bel-prazer; é legitimo confrontá-los.
Os convidados deste programa são:
Ana Gomes, Miguel Portas, Viriato Soromenho Marques, Luís Filipe Menezes, José Manuel Fernandes e Daniel Proença de Carvalho.

Ficha Técnica

Título Original
PRÓS E CONTRAS
Intérpretes
apresentação de Fátima Campos Ferreira
Realização
André Soares Ferreira
Produção
Gestmusic
Ano
2002
Duração
1h30m minutos
Série
1