PRÓS E CONTRAS

A INTERVENÇÃO NO IRAQUE SIGNIFICA O FIM DAS NAÇÕES UNIDAS?

Episódio 21 de 0 Duração: 1h30m min

A guerra do Iraque vem trazer veio trazer para o centro da discussão, a questão da nova ordem mundial.
Com as Nações Unidas a serem claramente ultrapassadas e esvaziadas de poder de decisão na resolução das crises internacionais, surge na cena política internacional uma nação, os Estados Unidos da América, como detentora de um poder militar sem paralelo na história, que decide fazer a guerra, sem a legitimação do aval do Conselho de Segurança.
O conceito de "guerra preventiva" passou a ser um dos princípios orientadores da política externa dos EUA desde os ataques do 11 de Setembro, legitimado pela luta contra o terrorismo.
Mas esta nova realidade coloca-nos a todos perante a questão de saber como, daqui para o futuro, se irão resolver problemas e conflitos que surjam. O direito internacional plasmado e aplicado nas resoluções da ONU, ainda que frágil, era garante de alguma ordem internacional. Ultrapassados que foram esses princípios, cabe perguntar, quem ditará a nova ordem mundial: EUA ou ONU?
Argumentos pelo EUA:
- Os EUA não tinham alternativa: Saddam é uma ameaça para o mundo e dá apoio a grupos terroristas.
- Uma mensagem clara tinha de ser enviada a quem apoia terroristas.
- Saddam é que não cumpriu as resoluções da ONU .
- Saddam andou a brincar ao gato e rato com a ONU e com os EUA.
- Após o 11 de Setembro, os EUA têm toda a legitimidade de se defenderem - Hoje em dia, com a miniaturização das armas de destruição massiva, é muito difícil fazer o seu controlo: não se pode correr riscos com ditadores como Saddam.
Argumentos pela ONU:
- Os EUA nunca deveriam ter atacado fora do quadro da ONU.
- Esta guerra carece de legitimidade jurídica.
- Os EUA não podem agir como sendo os senhores do mundo fazendo guerra quando querem.
- A ONU era o garante do Direito internacional e assim deve continuar.
- A partir de agora, qualquer país pode agir fora do quadro da ONU.
- Deve ser uma instância internacional a ter o poder de decisão e não os países.

Este programa terá um caracter especial de análise e não tanto de confronto de opiniões. Porque assim é, os convidados não estarão divididos em prós e contras, sendo apresentados como analistas da situação mundial, expressando os seus pontos de vista sobre a forma de organização mundial após a crise iraquiana.
Convidados: Manuel Maria Carrilho, Paulo Teixeira Pinto, José Cutileiro, Mário Bettencourt Resendes, Duarte Lima, Adriano Moreira,