PRÓS E CONTRAS

O COMBATE À PEDOFILIA EXIGE MEDIDAS RADICAIS?

Episódio 8 de 0 Duração: 1h30m min

O recente caso da alegada rede pedófila que abusava de crianças na Casa Pia, bem como outros casos de pedofilia que recentemente têm vindo a lume e outros que há anos se arrastam, como se passa na Madeira, sem que, aparentemente, haja vontade de lhes pôr fim, levam-nos a perguntar que tipo de medidas se devem tomar para combater este flagelo que assassina a alma das crianças e lhes rouba a meninice. Há quem defenda medidas radicais, como a castração química, o aumento exponencial das penas e a obrigatoriedade de o pedófilo condenado ter de anunciar a todos os que o rodeiam, vizinhos e colegas de trabalho, que já abusou de crianças. Por outro lado, há quem diga que o pedófilo é um doente, que, muitas vezes, também foi abusado em criança e por isso é quase tão vítima como as crianças de quem hoje abusa e que o melhor combate passa pelo tratamento.
Argumentos Pró:
- Punições exemplares e radicais - como a castração química, o aumento exponencial das penas e a obrigatoriedade de o pedófilo condenado ter de anunciar a todos os que o rodeiam, vizinhos e colegas de trabalho, que já abusou de crianças - podem dissuadir outros pedófilos, que sabendo que o seu crime é severamente punido pensarão duas vezes antes de o cometerem.
- Um pedófilo nunca se cura e na maior parte dos casos reincide. Por isso, a castração química é a melhor forma de impedir que viole crianças. E aumentar as penas de prisão é uma das melhores maneiras de manter o pedófilo afastado das crianças.
Argumentos Contra:
- O combate à pedofilia é feito a longo prazo. Passa, em boa medida, pela terapia de pessoas que foram abusadas, para que mais tarde não venham a tornar-se pedófilos e abusar de outras crianças.
- Medidas radicais, como a castração química, atentam contra os direitos e liberdades do cidadão, independentemente de ser ou não um criminoso.
- Deve-se apostar na recuperação e terapia do pedófilo, que é um doente.
Os convidados para debater este tema são: Manuela Eanes, António Pires de Lima, Inês Pedrosa, Catalina Pestana, Carlos Amaral Dias e Fernando Madrinha.
Testemunhos pelo Sim: Dulce Rocha, Pedro Namora, Carlos Cunha e Maria Lúcia Silva
Testemunhos pelo Não: Matilde Sirgado, Manuel Coutinho e Luís Marques