Périplo ? Histórias do Mediterrâneo

Filhos da Medina

Episódio 2 de 4

O segundo episódio começa nas nas runas do arco de triunfo de Mussolini em terras de África. Um pretexto para a viagem até Leptis Magna, a grande capital da linhagem africana dos imperadores romanos.
Em Leptis Magna o visitante tem as ruínas só para si. Perde-se nelas e deixa-se envolver pelas histórias que as pedras guardam. Uma é a da Medusa. Outra, a dos saques no Mediterrâneo.
São os saques que obrigam à comparação entre museus. No de Leptis, ao lado das estatuas está, enorme, o lider que condensa em si o passado, o presente e o futuro. Nao estranha por isso que as fotos do maior dos seus projectos estejam em exposição. Elas servem de portal para as obras do Grande Rio Artificial e para o drama da água nos países desérticos.
Água é o que não falta no Cairo, onde se resume o romance maldito de Nagib Mafouz, os Filhos da Medina. Maldito, porque proibido no seu país; e proibido porque por ele passam as grandes figuras das religiões do Livro e, apesar disso, as injustiças continuam.
No Cairo visitam-se as religiões. E por causa delas, as imagens voam para o Monte Nebo, primeiro, e para Aleppo, depois. O islão e as diferentes abordagens da condição da mulher no mundo árabe marcam a recta do documentário. Que se conclui em Damasco, na sua extraordinaria mesquita, onde o fervor islâmico enche a sala das orações.