HOMILIA (2007)
Episódio n.º2801
A liturgia da palavra neste 4º Domingo do Tempo Comum convida-nos a reflectir sobre o que é ser profeta no Antigo Testamento e a partir de Jesus.
Os profetas são pessoas para tempos difíceis. Foi o que aconteceu com Jeremias, como escutámos na 1ª leitura, que foi chamado por Deus: «antes de te formar no ventre materno, Eu te escolhi; antes que saísses do seio de tua mãe, Eu te consagrei e te constituí profeta entre as nações». A missão de Jeremias foi cheia de conflitos, mas Deus convidou-o a não temer, pois é o Seu maior aliado: «Eles combaterão contra ti, mas não poderão vencer-te, porque Eu estou contigo para te salvar».
Jesus também se apresenta como profeta, tendo sido enviado pelo próprio Deus, para falar em seu nome, mas depressa constata que «nenhum profeta é bem recebido na sua terra».
Porque é que Jesus terá sido rejeitado? Em primeiro lugar pela própria encarnação: os seus coetâneos consideravam Jesus como um deles: «Não é este o filho de José?», perguntam. O povo esperava um Messias forte e poderoso, capaz de acções mágicas e espectaculares. Os habitantes de Nazaré não acreditavam que Deus pudesse agir através de pessoas comuns, como eles, cujas origens eram conhecidas por eles. Por isso, lhe dizem: «Médico cura-te a ti mesmo», isto é, o que é que tens a mais do que nós?
Em segundo lugar procuram sinais extraordinários como prova: «Faz também aqui na tua terra o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum». Jesus recusa-se a fazer prodígios para benefício próprio, recusa-se a ser o ídolo, o centro das atenções ou a usar o seu poder para forçar os seus conterrâneos a acreditarem nele...
Ficha Técnica
- Título Original
- HOMILIA (2007)
- Ano
- 2007