08 Jun 2022
Francis Bacon, o pintor, nasceu há exactamente 100 anos. Por que razão é considerado um dos artistas mais importantes do séc.XX? O que perseguia nos seus retratos e auto-retratos "horrorosos"? Como têm respondido os artistas às questões: Quem sou eu? Como quero contar-me? Para nos falarem dos caminhos ardilosos das auto-representações nas artes visuais e na literatura temos Paula Morão e Jorge Molder. De Bacon diz-nos Jorge Molder: "ao contrário de Baudelaire, Bacon não é um sonhador, é um "varredor", alguém que está permanentemente a "scanar" o quotidiano, o mundo da arte e os mundos proscritos pela arte." De Montaigne a Ruben A., de Velásquez a Andy Wahrol, passando, claro, pela obra de Molder de que está agora patente a exposição a interpretação dos sonhos, uma emissão intensa sobre processos criativos, construções e estilhaçamentos do "eu".