Sociedade Civil
E depois do Meco? A Praxe sobrevive?
A Praxe Académica é um conjunto de tradições geradas entre estudantes universitários e que já há séculos vêm a ser transmitidas de geração em geração. É um modus vivendi característico dos estudantes e que enriquece a cultura lusitana com tradições criadas e desenvolvidas pelos que nos antecederam no uso da Capa e Batina. Praxe Académica é cultura herdada que nos compete a nós preservar e transmitir às próximas gerações.
Por regra geral a praxe é tida como forma de integração para um novo aluno. Os que participam dizem-se assim integrados e entusiasmados pela atividade na vida académica. Mas afinal de que tipo de integração é que se fala? Um aluno que diz não a uma praxe é humilhado, insultado e marginalizado. Proibido de participar nas cerimónias de receção ao caloiro, desprezado pelos veteranos (supostos doutores), ficando proibido de participações futuras, inclusive de praxar.
Várias são as polémicas envoltas da praxe, e após a grande tragédia do Meco, foram alguns os contributos para a minimização de problemas. O Ministério da Educação e Ciência (MEC) criou um endereço eletrónico (praxesabusivas@mec.gov.pt ) para que os abusos ocorridos no âmbito das atividades de praxe no ensino superior possam ser denunciados. O secretário de Estado do Ensino Superior, José Ferreira Gomes, enviou um conjunto de recomendações sobre as práticas de praxes académicas que as instituições devem seguir.
Mas afinal onde está a integração? Como se sente um aluno deslocado, fora da sua zona de conforto? Será que o lema é sofrer para fazer sofrer? Ser praxado significa sucesso na vida académica? É compatível um aluno ser anti-praxe e estar plenamente integrado na comunidade escolar, tendo sucesso? Qual a relação entre praxe e sucesso escolar?
Estas são apenas algumas questões que vamos esclarecer no próximo Sociedade Civil.
Ficha Técnica
- Título Original
- 2014
- Intérpretes
- Apresentação de Eduarda Maio
- Produção
- RTP
- Ano
- 2014
- Duração
- 90 minutos
- Série
- 9