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Língua Gestual

Episódio 183 de 0 Duração: 90 min

As várias línguas gestuais do mundo inteiro possuem gramáticas complexas e expressões "literárias" diversas. Cada comunidade de surdos tem, portanto, a sua própria língua gestual que surge no momento em que os surdos se juntam. Esta concentração acontece, geralmente, em contexto escolar. Assim a história das línguas gestuais está muitas vezes interligada com a história da educação dos surdos.
A primeira escola de surdos no mundo foi criada no século XVII, em Paris, logo a Langue des Signes Française (LSF) será a língua gestual mais antiga. Esta língua, através da dispersão dos seus professores surdos, expandiu-se para os EUA, o Brasil, entre outros, com o propósito de ali também criar escolas para surdos.
Em Portugal, a Língua Gestual Portuguesa (LGP), nasceu na primeira escola de surdos, em 1823, na Casa Pia de Lisboa, tendo tido como primeiro educador um sueco que de lá trouxe o alfabeto manual. Apesar de não se notarem semelhanças ao nível do vocabulário, o alfabeto da LGP e o da língua gestual sueca (Svenskt teckensprak) continuam a revelar a sua origem comum.
A investigação da LGP só começou no final dos anos 1970, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, sendo que a nível internacional, as descrições linguísticas fizeram-se pela primeira vez com a ASL, na Universidade de Gallaudet, nos anos 1960. Em consequência deste enquadramento científico, a LGP foi reconhecida pela Constituição da República, em 1997, numa altura em que apenas 5 países do mundo inteiro o tinham feito.
"Durante décadas, a maioria dos países optou por um método de ensino oralista, como resposta educativa, em que o aluno surdo deveria aprender a falar para que assim pudesse integrar a sociedade de ouvintes. Hoje em dia há estudos que comprovam que a criança não deve ser sujeita a esse esforço uma vez que a sua língua natural e a sua língua materna é a Língua Gestual Portuguesa".
As associações de surdos do país defendem e lutam pelos direitos e interesses da Comunidade Surda, por considerarem que na maioria das vezes são relegados para 2º plano (no panorama da sociedade em geral). Os cidadãos surdos têm direitos e deveres como todas as restantes pessoas e, como tal, tem de se lutar para que a barreira da comunicação não se sobreponha à garantia dos mesmos.

Ficha Técnica

Título Original
2014
Intérpretes
Apresentação de Eduarda Maio
Produção
RTP
Ano
2014
Duração
90 minutos
Série
9