Sociedade Civil
Violência Doméstica
Na primeira metade do século XX, ocorriam com frequência comportamentos que hoje nos parecem intoleráveis. Em pleno salazarismo, defendia-se que a mulher devia obediência ao marido e tinha poucas possibilidades de ouvir a sua voz. As mulheres tinham como missão tratar da casa e dos filhos, os maus tratos eram tolerados com conformismo e as denúncias, sempre raras, não tinham qualquer eficácia.
No primeiro semestre de 2014 as Forças de Segurança registaram 13071 participações, o que corresponde a uma taxa de variação de 2,3_ face ao período homólogo de 2013 (De acordo com os dados oficiais da Direção Geral da Administração Interna).
O fenómeno da violência doméstica contra as mulheres abrange vítimas de todas as condições e estratos sociais e económicos. Os seus agressores também são de diferentes condições e estratos sociais e económicos. De acordo com os dados da Direção Geral da Administração Interna, as vítimas eram do sexo feminino (85_), casadas ou em união de facto (49_), idade média de 41anos e não dependiam economicamente do denunciado (78_) em 2013, verificaram-se mais 640 participações (mais 182 na GNR e mais 458 na PSP), o que corresponde a 2,4_ relativamente ao registado em 2012.
Várias são as formas de violência, sendo a conjugal, além de lesar gravemente a mulher, a que tem profunda repercussão sobre os filhos.
Sendo a violência doméstica um problema atualmente mais falado e divulgado, não se pode esquecer que a violência psicológica é frequente e menos visível, contribuindo igualmente para graves disfunções familiares, e que muitas vezes se mantém durante anos.
Assim, podemos afirmar que combater a violência contra as mulheres é um dever de todos. Neste sentido, o dia 25 de novembro foi determinado como o dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres.
Que iniciativas vão decorrer a nível nacional no âmbito deste dia? Qual o resultado que pretendem obter? Poderemos afirmar que, em Portugal, com a crise económica e as medidas de austeridade a aumentar a situação das mulheres tende a agravar? Poderá aumentar a intensidade da violência sofrida diariamente? Sentirão as vítimas maior dificuldade em reconstruir as suas vidas? O que fazer em caso de violência? Onde recorrer sem ter receios de maiores represálias?
Ficha Técnica
- Título Original
- 2014
- Intérpretes
- Apresentação de Eduarda Maio
- Produção
- RTP
- Ano
- 2014
- Duração
- 90 minutos
- Série
- 9