Artistas de várias áreas criam posters para mostra de arte pública em Xabregas, Lisboa

por Lusa

Arquitetos, escritores, músicos e artistas plásticos vão criar posters que serão expostos em vários locais de Xabregas, em Lisboa, em junho, durante a mostra de arte pública Poster, hoje apresentada.

"É uma mostra de arte e palavra que tem como ambiente nativo a rua. Será uma galeria a céu aberto", afirmou Bruno Pereira, diretor da Departamento, responsável pela Poster, na apresentação da mostra, que decorreu nos antigos Armazéns Abel Pereira da Fonseca, em Xabregas.

Na mostra participam 20 artistas, 16 dos quais já foram hoje desvendados. Entre eles estão o músico The Legendary Tigerman, os escritores Valter Hugo Mãe e José Luís Peixoto, a artista urbana Wasted Rita, o arquiteto Pedro Campos Costa e os artistas plásticos Rui Toscano e João Pedro Vale & Nuno Alexandre Ferreira.

Além dos artistas convidados, a Poster "divide-se em mais duas áreas": uma `open call` (concurso público), para a conceção de mais cinco posters e que será lançada na próxima semana, e a `mini poster`, "um desafio lançado a escolas locais que irão trabalhar com o artista plástico David Rosado.

Ao longo dos quatro dias que dura a Poster, de 16 a 19 de junho, haverá ainda atividades paralelas: visitas guiadas, um `workshop` e um debate.

Com a Poster, a organização quer "a cultura a funcionar para todos": "Além da sua natureza simples, [o poster] colado na rua pode facilmente chegar às pessoas".

A escolha de Xabregas para acolher esta mostra não foi ao acaso.

"É uma zona da cidade abandonada, com carência de infraestruturas, mas que cada vez mais agentes criativos escolhem para se fixarem. A ideia é que a Poster seja como um intermediário entre os artistas que chegam e as pessoas que já cá estavam", explicou Bruno Pereira.

A "preocupação profunda de trabalhar o território" foi uma das razões que levaram a Galeria de Arte Urbana (GAU) da Câmara Municipal de Lisboa a apoiar o projeto.

Segundo a coordenadora da GAU, Sílvia Câmara, outra das razões foi o facto de esta mostra "trazer os cartazes para a contemporaneidade".

"A GAU nunca poderia voltar costas a um projeto como este", disse.

 

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