Rui Massena apresenta álbum de estreia no palco do Centro Cultural de Belém

por Lusa

Lisboa, 15 abr (Lusa) - O maestro Rui Massena vai apresentar o seu álbum de estreia, "Solo", que definiu à Lusa como "um disco de tranquilidade", na quinta-feira, no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa.

O álbum, editado em fevereiro, é constituído por 15 composições da sua autoria, que interpreta ao piano e que afirmou ter sido um desafio que o obrigou a isolar-se, para compor.

Na quinta-feira, Rui Massena atua no grande auditório do CCB, acompanhado pelos músicos Gaspar Santos (violino), que participou no álbum no tema "Sem ti", Ricardo Januário (violoncelo), Tomás Marques (viola baixo e guitarra), e João Cunha (percussão). Carlos Kabeção (handplan) participa como músico convidado.

No domingo, Rui Massena, acompanhado pelo mesmo naipe de músicos, sobe ao palco da Casa da Música, no Porto.

Sobre o álbum e o interesse em compor, o maestro afirmou: "Fiz uma escolha racional. Dediquei 2013 à composição. Achei que tinha de me isolar e escolhi Alfandega da Fé, porque gosto das gentes, da paisagem, do silêncio que aquilo, na minha cabeça, representa".

Questionado pela escolha de se apresentar a solo, o músico afirmou: "Eu escolhi um disco a solo, porque precisava deste contraste, depois de tantos anos ligados a instituições, precisava de me reconhecer ao piano e, nas minhas composições, achei que era a altura de me pôr o maior desafio possível, que é um músico estar sozinho num palco".

O músico reconheceu que, ao piano, "não quis ainda acrescentar aquilo que seria natural que acrescentasse", mas que virá "a acrescentar em futuros trabalhos de composição", disse.

Rui Massena, de 42 anos, natural do Porto, afirmou que sempre teve "esta vontade de compor". "Esta vontade de compor existia há muito, mas a vida conduziu-me para ser um intérprete enquanto maestro. Mas vivi sempre com esta vontade de compor e dediquei o ano de 2013 à composição".

Quanto a influências, o músico apontou, "desde logo, as da música clássica, mas também as de compositores que condensaram a sua linguagem só ao piano, como Bernardo Sassetti, Mário Laginha, Brad Mehldau, Nils Frahm, Wim Mertens, Chilly Gonzales, Yann Tiersen e Hiromi Uehara".

Massena, que foi maestro titular da Orquestra Clássica da Madeira e dirigiu o New England Symphonie Ensemble, no Carnegie Hall, em Nova Iorque, afirmou que procurou que "o ambiente final do disco fosse de grande tranquilidade, independentemente de todo o desassossego que ele contém, e da grande inquietação que há nele".

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