CaixaBank não negoceia sobre BPI, apenas sobre risco de Angola

O presidente executivo do CaixaBank afirma que "já não é tempo de negociar com outros acionistas do BPI sobre a estrutura de capital", uma vez que apresentou uma OPA, admitindo apenas dialogar sobre o problema da exposição ao risco de Angola.

Antena 1 /
Gonzalo Gortázar disse esta manhã em Barcelona que existiu um acordo de princípio com Isabel dos Santos, "que falhou" e, a partir do momento em que foi lançada "no melhor interesse do BPI e do CaixaBank", já não há nada que negociar. "Os outros acionistas verão se lhes interessa ou não".

Gortázar diz acreditar que a OPA vai estar concluída até ao terceiro trimestre deste ano, uma vez que a lei que permite a desblindagem dos estatutos do banco português entra em vigor a 1 de julho.

O CaixaBank é o maior acionista do BPI, com 44,1 por cento, e lançou nas últimas semanas uma OPA sobre o restante capital do banco português, condicionada à eliminação dos estatutos de bloqueio na entidade financeira portuguesa, que lhe limitam os direitos de voto a 20 por cento.

O banco espanhol anunciou esta quinta-feira lucros de 273 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, menos 27,2 por cento do que no mesmo período do ano passado, devido aos "impactos singulares associados à integração" do negócio do Barclays em Espanha, explica o CaixaBank em comunicado enviado ao regulador dos mercados espanhol.
PUB