Martin Winterkorn, até agora presidente do Conselho de Administração da Volkswagen, assumiu a responsabilidade pelo escândalo do sistema de falsificação de resultados ambientais denunciado esta semana nos Estados Unidos e apresentou a demissão.
O agora ex-CEO da marca alemã tinha-se declarado ontem "profundamente desolado" pela "falha" da Volkswagen.
"Peço perdão, muito perdão. As violações destes motores diesel pela nossa empresa vão contra tudo aquilo que a Volkswagen representa", afirmava Winterkorn num vídeo publicado na página oficial da marca.
"Lamento profundamente ter traído a confiança desta forma. Peço as minhas maiores desculpas aos nossos clientes e ao público em geral pela nossa má conduta", acentuava.
O CEO pediu perdão "aos nossos clientes, às autoridades e à opinião pública em geral por esta falha".
Dados falseados
As autoridades norte-americanas revelaram que pelo menos 500 mil veículos ligeiros a diesel comercializados no país tinham motores equipados com software programado para detetar testes de poluição e falsificá-los.
A marca alemã reconheceu depois que cerca de 11 milhões de veículos ligeiros estariam nas mesmas condições.
As ações da Volkswagen caíram a pique desde segunda-feira e a chanceler alemã e a própria Comissão Europeia exigiram investigações céleres ao caso. No encerramento da sessão desta quarta-feira da bolsa de Frankfurt, os títulos da construtora alemã subiram 5,19 por cento, arrastando o DAX, que valorizou 0,44 por cento para os 9.612,62 pontos.
O sucessor de Martin Winterkorn deverá ser conhecido já na próxima sexta-feira, de acordo com o Conselho de Supervisão da Volkswagen.
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