Emigrantes lesados pelo BES procuram solução negociada em 30 dias

por João Fernando Ramos, Rui Sá

A CMVM (Comissão do Mercado de Valores Mobiliários) convidou o Novo Banco para um processo de mediação com os emigrantes lesados no caso BES.
É mais uma tentativa para resolver o problema, que se arrasta desde o fim do banco. Se o Novo Banco aceitar a negociação extra judicial o caso pode estar resolvido em cerca de um mês.

Esta é uma prática recomendada pela união europeia e que pode permitir uma solução mais rápida.

No Jornal 2 Marta Cerqueira Gonçalves, que representa os lesados, está convicta que esta solução poderia ajudar a quebrar o impasse negocial.

"Com a CMVM como mediador, este expediente serve para chamar à mesa das negociações quem os lesados consideram ser a sua contraparte". A ideia é tentar um acordo extrajudicial num processo que não acarreta custos judiciais para nenhuma das partes. O Novo Banco ainda não respondeu.

Os emigrantes lesados na resolução do Banco Espírito Santo não estão ao abrigo dos acordos já alcançados para os demais investidores nacionais.

"Estamos a tentar esta solução mas não descuramos a via judicial, até porque um acordo pode não ser do agrado de todos, e os processos nos tribunais podem continuar para quem não se sentir confortável ao assinar um acordo", explicou Marta Gonçalves.

Um processo judicial desta natureza pode demorar anos até estar concluído, lembra a advogada que recorda que legalmente um processo de mediação tem que estar concluído no prazo máximo de 30 dias.
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