Cabeleireiro de François Hollande recebe 10 mil euros por mês

O novo escândalo que está embaraçar o Presidente Francês chama-se coiffeurgate, depois de um jornal ter revelado que o seu cabeleireiro ganha quase 10 mil euros por mês.

Jorge Almeida - RTP /
Charles Platiau - Reuters

Com o habitual tom satírico das suas reportagens, o jornal francês Le Canard Enchaîné, publicou que “o trabalho de alto risco” do cabeleireiro do Presidente francês custa quase 10 mil euros por mês ao erário público, para sermos rigorosos, o ordenado é de 9.895 euros.

O jornal chega mesmo a revelar uma parte do contrato assinado pelo cabeleireiro Olivier B. e o Palácio do Eliseu. Um contrato a termo, válido por cinco anos, com uma remuneração bruta de 593.700 euros.

Foto: Christian Hartmann

Para não haver problemas com os segredos do cabelo de François Hollande, existe uma cláusula de confidencialidade, o que leva o jornal a questionar se o “segredo capilar” do Presidente da República Francesa são “as extensões milagrosas”, “a cartografia da guedelha” ou a “risca presidencial”. Tudo assuntos demasiado sérios para serem divulgados na praça pública.

O Palácio do Eliseu confirmou a notícia e justifica que “OlivierA polémica já apelidada de coiffeurgate está a alimentar as redes sociais com comentários para todos os gostos. B. começa muito cedo o dia de trabalho, com uma grande amplitude horária: penteia o Presidente todas as manhãs e tantas vezes quanto necessário, em todos os discursos, incluindo nos fins de semana”, segundo Stephane Le foll, o porta-voz presidencial.

Aliás este trabalho árduo já levou o cabeleireiro a perder o momento do nascimento dos seus filhos.
Gabinete do Primeiro-Ministro reage à notícia
Os comentários e as reações têm chegado dos lados mais imprevisíveis, por exemplo, o gabinete do Primeiro-ministro já veio esclarecer que não tem cabeleiro oficial e sempre que Manuel Valls vai ao barbeiro paga do seu próprio bolso.

Alguns internautas fizeram as contas e clamam que o cabeleireiro ganha 325 euros por dia, outros escrevem que o melhor é eleger em 2017, um presidente careca, numa referência clara ao pré-candidato do partido republicano, Alain Juppé.

Mas esta história já não é completamente nova. No mandato presidencial de Nicolas Sarkozy, a revista Vanity Fair publicou um artigo que revelava que o Presidente francês tinha contratado uma maquilhadora com um salário de oito mil euros mensais.

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