A Cruz Vermelha internacional pediu hoje às partes envolvidas nos combates em Alepo, na Síria, para pensarem nos civis que não conseguem sair da cidade e os protejam.
As vidas de milhares de civis estão em perigo à medida que as frentes de combate se apertam na cidade, alerta a Cruz Vermelha.
"Instamos todas as partes a colocarem a humanidade à frente dos objetivos militares", disse a diretora do Comité Internacional da Cruz Vermelha na Síria, Marianne Gasser, através de um comunicado.
"Estamos preparados para fiscalizar a aplicação de um acordo mútulo que ponha os civis em primeiro lugar", acrescentou, sublinhando que "isto tem de acontecer já".
A organização diz que uma catástrofe humanitária maior e mais mortos podem ser evitados só respeitando algumas regras básicas da guerra.
Na segunda-feira, também o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, alertou para relatos transmitidos nas últimas horas que dão conta de atrocidades contra civis em Alepo.
Segundo o porta-voz do secretário-geral da ONU, Stephane Dujarric, aquelas atrocidades estarão a ser cometidas contra mulheres e crianças.
"Embora sublinhando que a ONU não consegue verificar de forma independente aquela informação, o secretário-geral manifesta a sua preocupação às partes interessadas", afirmou Stephane Dujarric.
Alepo está prestes a cair nas mãos do regime sírio e dos seus aliados depois de quatro semanas de uma ofensiva contra os rebeldes.
