O Presidente eleito, Cavaco Silva, visitou hoje o gabinete do Palácio de Queluz que irá ocupar até tomar posse no cargo, a 09 de Março, disse à Lusa fonte próxima do ex- primeiro-ministro.
A visita ao gabinete aconteceu hoje à tarde, adiantou a mesma fonte, sem especificar o momento em que Cavaco Silva passará a trabalhar em permanência na estrutura que lhe foi destinada.
Durante pouco mais de um mês, Cavaco Silva terá à sua disposição uma ala do Palácio de Queluz - o Pavilhão D. Maria I -, onde habitualmente ficam instalados os Chefes de Estado estrangeiros em visita a Portugal.
à sua disposição, Cavaco Silva terá também uma estrutura de apoio dividida por "vários gabinetes", afirmou fonte de Belém, escusando-se a detalhar a composição dessa equipa.
Há cerca de 10 anos, Jorge Sampaio ocupou o Forte de Catalazete até suceder a Mário Soares em Belém.
Hoje, o Presidente da República recebeu em Belém o seu sucessor durante quase três horas, numa primeira audiência após as eleições presidenciais de 22 de Janeiro.
Embora o actual e o futuro Chefe de Estado se tenham escusado a falar após a audiência, ficou em aberto a possibilidade de novo encontro até à tomada de posse.
"Logo se vê", disse na ocasião Jorge Sampaio, questionado pelos jornalistas sobre aquela possibilidade.
A reunião de hoje em Belém entre o Chefe de Estado e o seu sucessor enquadra-se num processo de transição de funções e transferência de "dossiers" que, logo na noite eleitoral, a 22 de Janeiro, Jorge Sampaio disse pretender que decorra de forma calma e cordial.
A primeira conversa, por telefone, entre Jorge Sampaio e Cavaco Silva aconteceu logo na noite das eleições, de acordo com fonte de Belém.
Nos dias seguintes à sua eleição, Cavaco Silva aproveitou para descansar e "arrumar papéis nos sítios onde trabalha", nomeadamente na Universidade Católica de Lisboa.
Eleito Presidente da República com 50,6 por cento dos votos, Cavaco Silva tomará posse a 9 de Março.
Nos termos da Constituição Portuguesa, o Presidente eleito toma posse perante a Assembleia da República e a cerimónia efectua-se no último dia do mandato do chefe de Estado cessante, Jorge Sampaio.