Até abril a Força Aérea terá concluído o estudo de relocalização das esquadras que operam atualmente na base aérea do Montijo e de como será feita a articulação do tráfego civil e militar, no cenário Portela mais um.
No dia 15 governo e ANA assinam o documento que assume que a BA6 passa a ser objeto único de estudo para descongestionar o aeroporto da capital adiando, sem prazo, a construção de um novo aeroporto para Lisboa.
O ministro da defesa assinou esta quarta feira o despacho que dá inicio ao estudo de co-habitação entre os voos civis e militares na base do Montijo, as alternativas de que a Força Aérea dispõem para manter as missões operacionais a partir de outras bases no país e quais os custos envolvidos com eventuais mudanças.
Até final de abril os resultados serão tornados públicos.
Lembre-se que a Força Aérea Portuguesa opera as esquadras de transporte pesado, vigilância marítima e busca e salvamento a partir da BA6.
Quer a Força Aérea, quer a Marinha (que também usa a base para apoio aos seus helicópteros), vão manter-se no Montijo mas, por razões de segurança e operacionalidade, essa presença poderá ter que ser reduzida.
Dia 15 ANA e Governo assinam o outro documento que sela o compromisso em torno desta solução.
"Trata-se do memorando para determinar o Montijo como objeto de estudo, a partir de agora único, para definir o que será o futuro aeroporto complementar de Lisboa" , explicou Azeredo Lopes à saída de uma audiência na Comissão de Defesa da Assembleia da Republica.
O Contrato de concessão da ANA previa o inicio de estudos para a construção de um novo aeroporto em Lisboa assim que o o movimento na Portela atingisse os 22 milhões de passageiros / ano.
A concessionária teria no entanto que apresentar alternativas mais eficientes, e menos dispendiosas, do que uma construção de raiz.
Os estudos preliminares já demonstraram que, para manter a operação no Humberto Delgado, sem interferir nos corredores aéreos da capital, o Montijo é a melhor solução para uma pista alternativa que possa receber voos charter e de baixo custo.
ANA, governo e autarquia do Montijo assumem os encargos. O plano de engenharia financeira prevê o recurso a fundos comunitários para a execução das obras.