País
Lusófona está a averiguar atuação dos seus professores no processo das licenciaturas
Os professores da Lusófona envolvidos na creditação errada que levou à anulação de centena e meia de licenciaturas (mestrados e pós-graduação) após averiguação da Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC) encontram-se agora eles próprios sob averiguação da universidade.
De acordo com o gabinete de comunicação da Universidade Lusófona, os professores que assinaram creditações que concediam a passagem a determinadas cadeiras encontram-se sob escrutínio da universidade.
Esta decisão representa mais um passo num processo delicado que foi desencadeado em 2012 com as dúvidas suscitadas pela validade da licenciatura do então ministro Miguel Relvas.
Na altura, entrou em jogo o gabinete do ministro da Educação, Nuno Crato, do que surgiu a decisão de realizar uma “acção inspectiva” à Universidade Lusófona, processo que ficou a cargo da IGEC.
Inicialmente, foi feita uma lista de casos que superava as quatro centenas, para, no final, resultar na retirada do título académico (licenciaturas em grande parte, mas também pós-graduações e mestrados) a 152 antigos alunos.
Cassados que estavam os 152 diplomas, o online da RTP quis saber que procedimentos estavam a ser accionados em relação aos professores que concederam as creditações erradas.
“A universidade está a analisar caso a caso e só depois de terminado é que poderá dar uma resposta”, respondeu esta sexta-feira via email Eugénia Vicente, gestora de Comunicação da Lusófona.
A mesma questão havia já sido enviada ao Ministério de Nuno Crato.
A resposta que chegou da 5 de Outubro retira o Ministério de campo, pelo menos para já: “Os docentes são responsáveis perante a ULHT e não perante o MEC”.
Miguel Relvas na origem do processo
Este caso ganhou dimensão face ao gatilho que espoletou a investigação: dúvidas sobre a legalidade suscitadas em 2012 acerca da licenciatura de Miguel Relvas, então ministro e número dois do Executivo de Pedro Passos Coelho.
São várias as áreas de onde saíram os alunos que viram anulado (cassado) o seu grau de licenciatura pela Universidade, após o despacho do Ministério da Educação que deu seguimento a uma “ação inspectiva” da IGEC: da Ciência política às Engenharias, do Direito à Arquitetura ou aos Estudos de Segurança.
Centena e meia de diplomas cassados
Ao todo, 152 graus mereceram dúvidas suficientes para serem anulados e cassados.
No início de abril, o site da RTP requereu ao Ministério da Educação “uma cópia do despacho enviado à Universidade Lusófona onde é ordenada a anulação das licenciaturas, bem como a identificação das referidas licenciaturas e respetivos titulares”.
Os documentos em causa continham as primeiras conclusões de “uma ação de acompanhamento” da Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGECI) “à Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia CULHTI (…) para verificação de creditações concedidas a alunos, quer pela experiência profissional, quer de formação académica, sobre as quais já havia atos anteriores deste estabelecimento que não permitiram uma posição consolidada desta Inspeção-Geral”.
Decorrente dessa “ação inspectiva” saiu um relatório “que mereceu despacho do Secretário de Estado do Ensino”. Isto é, o documento contendo os nomes dos alunos visados pela anulação da licenciatura, lista que foi solicitada por vários jornalistas.
Dos 152 alunos da Lusófona que nos primeiros meses do ano foram notificados da cassação dos seus graus académicos, e perante a hipótese de poderem regressar à universidade para eliminarem as falhas detectadas, apenas 104 dos 152 visados manifestaram a intenção de proceder a essa regularização.
Esta decisão representa mais um passo num processo delicado que foi desencadeado em 2012 com as dúvidas suscitadas pela validade da licenciatura do então ministro Miguel Relvas.
Na altura, entrou em jogo o gabinete do ministro da Educação, Nuno Crato, do que surgiu a decisão de realizar uma “acção inspectiva” à Universidade Lusófona, processo que ficou a cargo da IGEC.
Inicialmente, foi feita uma lista de casos que superava as quatro centenas, para, no final, resultar na retirada do título académico (licenciaturas em grande parte, mas também pós-graduações e mestrados) a 152 antigos alunos.
Cassados que estavam os 152 diplomas, o online da RTP quis saber que procedimentos estavam a ser accionados em relação aos professores que concederam as creditações erradas.
“A universidade está a analisar caso a caso e só depois de terminado é que poderá dar uma resposta”, respondeu esta sexta-feira via email Eugénia Vicente, gestora de Comunicação da Lusófona.
A mesma questão havia já sido enviada ao Ministério de Nuno Crato.
A resposta que chegou da 5 de Outubro retira o Ministério de campo, pelo menos para já: “Os docentes são responsáveis perante a ULHT e não perante o MEC”.
Miguel Relvas na origem do processo
Este caso ganhou dimensão face ao gatilho que espoletou a investigação: dúvidas sobre a legalidade suscitadas em 2012 acerca da licenciatura de Miguel Relvas, então ministro e número dois do Executivo de Pedro Passos Coelho.
São várias as áreas de onde saíram os alunos que viram anulado (cassado) o seu grau de licenciatura pela Universidade, após o despacho do Ministério da Educação que deu seguimento a uma “ação inspectiva” da IGEC: da Ciência política às Engenharias, do Direito à Arquitetura ou aos Estudos de Segurança.
Centena e meia de diplomas cassados
Ao todo, 152 graus mereceram dúvidas suficientes para serem anulados e cassados.
No início de abril, o site da RTP requereu ao Ministério da Educação “uma cópia do despacho enviado à Universidade Lusófona onde é ordenada a anulação das licenciaturas, bem como a identificação das referidas licenciaturas e respetivos titulares”.
Os documentos em causa continham as primeiras conclusões de “uma ação de acompanhamento” da Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGECI) “à Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia CULHTI (…) para verificação de creditações concedidas a alunos, quer pela experiência profissional, quer de formação académica, sobre as quais já havia atos anteriores deste estabelecimento que não permitiram uma posição consolidada desta Inspeção-Geral”.
Decorrente dessa “ação inspectiva” saiu um relatório “que mereceu despacho do Secretário de Estado do Ensino”. Isto é, o documento contendo os nomes dos alunos visados pela anulação da licenciatura, lista que foi solicitada por vários jornalistas.
Dos 152 alunos da Lusófona que nos primeiros meses do ano foram notificados da cassação dos seus graus académicos, e perante a hipótese de poderem regressar à universidade para eliminarem as falhas detectadas, apenas 104 dos 152 visados manifestaram a intenção de proceder a essa regularização.