Três cientistas portugueses recebem bolsas de 150 mil euros do Conselho Europeu de Investigação

por Lusa

Três cientistas portugueses vão receber, cada um, bolsas de 150 mil euros, atribuídas pelo Conselho Europeu de Investigação, foi hoje anunciado no Fórum Económico de Davos, na Suíça.

Rui Costa, da Fundação Champalimaud, Edgar Gomes, do Instituto de Medicina Molecular, e António Jacinto, da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Lisboa, foram os beneficiários portugueses entre um total de 136 cientistas de 17 países europeus, que recebem 20 milhões de euros.

As bolsas, concedidas, na categoria de "Prova de Conceito" 2015, "podem ser utilizadas, por exemplo, para fixar direitos de propriedade intelectual, investigar oportunidades de negócio ou efetuar uma validação técnica", indicou numa nota à imprensa o gabinete do comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas.

O neurocientista Rui Costa concorreu com o projeto BrainControl, "que aborda um controlo estável do cérebro sobre a máquina".

Egdar Gomes apresentou a financiamento o Muscleguy, "um novo sistema `in vitro` 3D para despiste e validação de medicamentos em perturbações musculares".

O projeto de António Jacinto, o Emodi, "trata da modulação da resistência epitelial" (dos tecidos epiteliais, que são tecidos celulares) "no tratamento de doenças".

Portugal é dos 17 países com menos cientistas contemplados com a bolsa para "Prova de Conceito", surgindo apenas à frente da Grécia (dois investigadores), Chipre, Finlândia e Polónia (cada um com uma), igualando em número de beneficiários a Áustria e a Dinamarca.

No topo da lista aparecem Reino Unido (22 cientistas), Espanha (20) e Holanda (17) e, nas posições intermédias, Alemanha (15), França (dez), Suécia (nove), Israel (oito), Suíça (oito), Itália (sete) e Bélgica (cinco).

Para o comissário Carlos Moedas, citado na nota do seu gabinete, "as bolsas para a Prova de Conceito permitem aos investigadores fazer a ponte entre os laboratórios e o mercado", apoiando "a investigação fundamental com impacto na vida real dos cidadãos" e, assim, "gerar novas oportunidades de emprego e produtos europeus".

O Conselho Europeu de Investigação financia a investigação fundamental considerada de excelência.

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