Começou por fazer rádio, levada por um irmão mais velho, e foi assim que se viu seduzida pela palavra falada. Com o fim da peça "Copenhaga", de Michael Frayn, no Teatro Aberto em Lisboa, Carmen Dolores diz que talvez tenha terminado a carreira de 60 anos no teatro, mas mantém a mesma vontade de dizer poesia onde for preciso. Escreve sempre "em voz alta", decora os textos escrevendo-os à mão e gosta de dizer poesia no meio das árvores. Aos 81 anos, a actriz quer ainda fazer um filme "a sério" e
continua a escrever as memórias. Esta é uma entrevista que percorre a carreira de uma actriz que protagonizou peças de todos os grandes dramaturgos - de Strindberg a Brecht, de Lorca a Tennessee.