Reconhecido com o Prémio Pessoa no ano de 2004, o convidado deste programa Bairro Alto responde, enquanto cidadão, pelo nome de Rui Manuel Barbot Costa, mas no mundo das letras assina e escreve com o pseudónimo Mário Cláudio.
Nasceu no Porto em 1941, formou-se em Direito pela Universidade de Coimbra, exerceu advocacia, na Guiné, no tempo da Guerra Colonial e concluiu um Master of Arts em Biblioteconomia e Ciências Documentais pela Universidade de Londres.
Como escritor, estreou-se com Ciclo de Cypris, um volume de poesia editado em 1969. Essa foi a primeira pedra de uma obra que tem vindo a ser edificada com crónicas, ensaios, textos para teatro, mas, sobretudo com romances.
Mário Cláudio acaba agora de editar o seu mais recente livro, intitulado Retrato de Rapaz. Voltando a insistir naquilo que o júri do Prémio Pessoa definiu como Tentação Biográfica - e que já motivou, por exemplo, obras sobre Amadeo de Sousa-Cardoso, Guilhermina Suggia ou Rosa Ramalho -, desta vez o escritor traça-nos o retrato de Giacomo Caprotti, um aprendiz, servente e discípulo de Leonardo da Vinci. Giacomo, mais conhecido por Salai, foi acolhido pelo mestre em sua casa quando tinha apenas 10 anos. Entre os dois estabeleceu-se uma intrincada rede de sentimentos que Mário Cláudio decidiu explorar em mais esta biografia romanceada.