O alvo prioritário dos páraquedistas de Novembro fala à RTP

por RTP

O chefe de Estado Maior da Força Aérea, Morais da Silva, era o alvo principal da contestação dos páraquedistas. No dia seguinte à revolta, fez uma longa declaração à RTP, dizendo que "os páraquedistas não podem esperar de maneira nenhuma que seja passada uma esponja" sobre a revolta.

O general graduado Morais da Silva diz que foi avisado da sublevação dos páraquedistas pelo comandante da 1ª Região Aérea, que fora detido pelos revoltosos.

Conta que teve como prioridade retomar o controlo do comando da Região Aérea, com a colaboração dos comandos, "sem vitimas de parte a parte".

Refere apoios civis na região das bases ocupadas, onde houve mobilização de massas que, relata, contribuiu para que os páraquedistas renunciassem à ocupação e retirassem novamente para Tancos.

Fala também da Base Aérea 6, a única em que a situação ainda não está clarificada e onde se encontram em discussão duas propostas: transporte por via áerea para a Base Aérea 3, mesmo ao lado de Tancos, com Tancos como destino final; ou o transporte em camiões por estrada em que a segurança seria garantida pela Escola Prática de Cavalaria.
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