PS de Poiares acusa presidente de nomear vice-presidente para projeto municipal

por Lusa

Coimbra, 22 ago (Lusa) - Um novo projeto educativo desenvolvido pela Câmara de Vila Nova de Poiares provocou críticas da oposição, que acusou hoje o presidente de "atentado moral" na nomeação da coordenadora, situação que o autarca Jaime Soares refuta.

O candidato do PS à autarquia, João Miguel Henriques, acusou o presidente do município Jaime Soares (PSD) de ter nomeado a vice-presidente Deolinda Gonçalves para a coordenação do projeto "Política Cultural Integrada Concelhia", com um salário de 2.718,99 euros, e denuncia que a nomeada participou na votação enquanto vereadora.

O líder do executivo, em declarações à Lusa, negou qualquer "ilegalidade ou irregularidade" na nomeação da autarca, considerando que se trata de uma decisão "sustentada na lei", com base no quadro de pessoal aprovado pela Assembleia Municipal.

Quanto ao facto de Deolinda Gonçalves ter participado na votação, Jaime Soares salientou que se tratou de uma falha, corrigida por si no final da reunião com a revogação da proposta que será presente e votada na próxima sessão do executivo camarário.

Além de mostrar indignação, o candidato socialista João Miguel Henriques garantiu que "os elementos eleitos nas listas do PS irão fazer tudo o que estiver ao seu alcance para evitar que esta nomeação se concretize, por considerarem que a mesma é imoral e eticamente reprovável".

"Este caso é um atentado moral contra os muitos desempregados do concelho, as famílias em dificuldades, as pessoas que tanto se esforçam e nada conseguem, as instituições que vivem sem meios para acolher quem realmente precisa", salientou o cabeça de lista do PS.

Para Jaime Soares, o município de Poiares tem hoje estruturas culturais de grande dimensão, com um centro de convívio por cada 600 habitantes, que "necessitam de coordenação para serem potenciados".

"A nossa forma de gerir sempre foi feita com respeito pela lei e afirma-se pela isenção, honestidade e transparência", frisou o autarca do PSD, considerando que a questão apenas foi levantada por motivos "exclusivamente de campanha eleitoral".

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