Livre chama para si quarto lugar na política portuguesa e critica IL

A campanha vai a meio e Rui Tavares foca-se agora num adversário: a Iniciativa Liberal.

Camila Vidal /
As palavras não são tão duras como as que dirige ao Chega, mas o porta-voz do Livre quer assumir-se como o quarto partido em Portugal e distanciar-se dos liberais.

Considera que "poderia ser muito interessante haver em Portugal um partido liberal como existe pela Europa fora", que se pautasse pela defesa de "direitos fundamentais", mas a Iniciativa Liberal "não é isso e cada vez menos é isso", lamenta Tavares.

O líder do partido da papoila até considera que "fariam falta" políticos com os ideais dos "históricos liberais" e que, nesse caso, haveria lugar a diálogos mais construtivos. Garante que a barreira não é Mariana Leitão, já que também há espaço para criticar os antigos líderes da IL.
Apesar de IL e Livre partilharem eleitorado, como mostram os estudos feitos sobre quem vota num e noutro partido, Tavares considera que há diferenças fundamentais e acredita que o próximo dia 12 de outubro vai provar que o Livre é o quarto partido português e um partido com força autárquica.

O porta-voz do Livre disse na sexta-feira à noite no Porto - e para o maior comício do Livre desta campanha, com cerca de uma centena de pessoas - que "o Livre é um partido autárquico" que não concorre "como passatempo". 

Repetiu a ideia este sábado em Faro, ao apresentar a candidatura de Adriana Marques Silva à Câmara e de Rodrigo Teixeira à Assembleia Municipal.
Em Loulé, onde há coligação com o BE, Rui Tavares juntou-se ao antigo eurodeputado bloquista José Gusmão numa visita pelo centro da cidade, guiado pela candidata independente à Câmara Ana Poeta e pelo candidato bloquista à Assembleia Municipal Carlos Martins.
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