Luís Montenegro defende mais operações especiais de segurança e diz que "barracas" na Grande Lisboa estão a "ressurgir" em autarquias do PS e PCP

Com o rio Tejo como pano de fundo, os autarcas do PSD do distrito de Lisboa reuniram-se no arranque oficial da campanha para um almoço com o líder social-democrata. Num restaurante em Belém, Luís Montenegro defendeu a aposta numa parceria "entre Governo e autarquias" e apontou problemas que os municípios da Grande Lisboa enfrentam: da segurança, à saúde, passando pela habitação.

Inês Ameixa /

Foto: Inês Ameixa

"Este novo movimento de ressurgimento de bairros de lata e de barracas aconteceu em municípios geridos pelo Partido Socialista e pelo Partido Comunista", acusou Luís Montenegro para logo a seguir concluir: "É muito curioso porque quem os ouve falar acha que eles são os grandes defensores da dignidade daquelas pessoas que não têm alternativa quando, ao fim e ao cabo, concluímos que é nos territórios que eles administram que estas coisas acontecem".

Também a segurança é alvo do discurso do primeiro-ministro, que defende mais "operações especiais", que, defende, não contribuem "para o alarme social", mas sim para "a tranquilidade" das populações.

No almoço, também falou o presidente e recandidato à Câmara Municipal de Lisboa. Carlos Moedas quis citar Luís Vaz de Camões e "Os Lusíadas" para fazer combate político: "Essa oposição entre as caravelas e o velho do Restelo tornou-se numa oposição típica da política em Portugal. De um lado a audácia, a vontade de fazer e não ter medo. Do outro, a estagnação", resume o autarca, que apela directamente aos lisboetas: "A escolha no dia 12 de Outubro será entre a audácia dos últimos quatro anos ou voltar para a estagnação de 14 anos de socialismo".
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