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Não importa a cor das linhas, Pedro Duarte recusa acordos com "partido não confiável" como o Chega

O antigo ministro dos Assuntos Parlamentares, agora cabeça de lista pela coligação PSD/CDS/IL à Câmara do Porto, admite, no entanto, entendimentos com o PS de Manuel Pizarro.

Nuno Amaral - Antena 1 /
Havia turistas, muitos turistas. E mais turistas. Na Rua das Flores, no Porto, o cabeça de lista do PSD à Câmara do Porto, coligado com o CDS e a IL, lá ia acenando a quem passava. 

Poucos habitantes da cidade, eleitores, portanto. Atrás, na caravana, os apoiantes entoavam cânticos: “Somos Porto, Duarte”. 

A arruada seguiu, multilingue nas reações, em português bem definido pela parceira de coligação, Mariana Leitão, a líder da IL. Um sorriso, uma entrada fugaz numa loja. Rua, de novo.

Ao fundo, no largo de São Domingos, Leitão é questionada sobre prioridades. Sim, hierarquias de propostas. A Iniciativa Liberal tem defendido a liberalização do sector público (privatizações), mais e melhores transportes, mais oferta na habitação. “Oferta, oferta, oferta”, repetiu, várias vezes Mariana Leitão durante esta campanha autárquica.

Pregões eleitorais tantas vezes repetidos, Pedro Duarte, o cabeça de lista do PSD à Câmara da segunda cidade do país, e antigo ministro dos Assuntos Parlamentares, afirma que a prioridade é a segurança. “Estamos completamente alinhados”, diz Leitão, “só com segurança pode haver liberdade”.
Linha Sem Cor, Chega Não
Num dia em que várias sondagens colocam Pedro Duarte taco-a-taco com Manuel Pizarro do PS, o social-democrata estabelece linhas. Sem cores. 

Para termos uma governação estável, temos de ter uma governação confiável. E nós não reconhecemos isso com o partido Chega”, vincou.
Adiante admitiu, sim, entendimentos com o PS, caso vença sem maioria. “Seja com o PS ou com que for, desde que seja eleito democraticamente. Só não o faremos com parceiros não confiáveis”, repetiu.
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