Nuno Melo promete ser "muito combativo" onde o CDS vai a votos sozinho

Para o CDS-PP, as autárquicas são eleições diferentes. Por isso, quem define a estratégia, neste combate eleitoral, é quem está no terreno. Assim se explica que nem sempre haja AD nos boletins de voto: nuns concelhos o partido vai sozinho, noutros vai em coligação - e as alianças nem sempre são com os social-democratas. 

Oriana Barcelos /

Foto: Oriana Barcelos

Tendo em conta o mapa das candidaturas centristas, Nuno Melo, o presidente do partido, fez uma escolha: vai fazer campanha onde o CDS-PP concorre sozinho e onde lidera coligações. Se estão previstos encontros com o parceiro nacional? Poucos. "Farei campanha onde tiver de ser, também com o Dr. Luís Montenegro, em cenários de coligação, mas seguramente que a minha prioridade é estar junto do partido, onde o partido concorre sozinho, com provas de grande coragem, de grande competência - essa é a minha primeira obrigação: estar junto dos nossos candidatos onde, sozinhos, queremos fazer valer as nossas cores", disse Nuno Melo à Antena 1. E a atitude está definida: "É com esse espírito que nós vamos a votos: muito solidários com os nossos parceiros de coligação, muito combativos onde vamos a votos sozinhos", explicou.

Nesta altura, a agenda dos dois líderes partidários só prevê um encontro. Deve ser em Santarém, na próxima quarta-feira, dia oito de outubro. Isso não significa, porém, que a parceria PSD/CDS-PP esteja a enfraquecer. Mas há uma mensagem que Nuno Melo quer passar: o CDS-PP importa. "Quando, no dia das eleições, se vê nas televisões o mapa autárquico, quase sempre pintado de rosa ou de laranja, o facto é que em grande parte dessa dimensão laranja estão lá coligações com o CDS, onde os votos do CDS foram fundamentais para a vitória. Portanto, essas coligações não são laranja apenas - são laranja, mas também são azul cor do CDS", sublinhou.

E há mais, lembra o líder do CDS-PP: o partido foi, até agora, a quarta força autárquica no país, com 1752 eleitos e seis câmaras municipais - Ponte de Lima (Viana do Castelo), Vale de Cambra, Oliveira do Bairro e Albergaria-a-Velha (Aveiro), Santana (Madeira), e Velas (São Jorge, Açores).

O objetivo, nesta corrida eleitoral, é manter esses lugares e, se possível, crescer. É por isso que o partido concorre sozinho, ou a liderar coligações, em 50 concelhos do país. "O CDS, mesmo nos piores momentos, teve sempre relevância em eleições autárquicas e eu acredito que assim voltará a ser, porque nós temos grandes candidatos, temos quadros muito bons. É por isso que eu estou realmente confiante em relação ao que vai acontecer no próximo dia 12 de outubro", concluiu Nuno Melo.
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